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Mutação pode resistir a seca sem afetar crescimento

"Este é o primeiro estudo a apresentar uma estratégia bem-sucedida"


Um novo estudo publicado na Nature Communications demonstrou que modificar a sinalização dos esteroides de plantas, conhecidos como brassinosteróides, apenas no tecido vascular, pode efetivamente aumentar a resistência à seca sem sacrificar o crescimento. A importância desse tipo de tecnologia é porque a diminuição na precipitação e as temperaturas anormalmente elevadas no norte e leste da Europa levaram a enormes perdas em cereais e culturas de batata, bem como outras culturas importantes. 

“Assim, tornou-se cada vez mais evidente que, para garantir a segurança alimentar, serão necessárias variedades de plantas produtivas em condições de seca. Este é o primeiro estudo a apresentar uma estratégia bem-sucedida para o aumento da resistência à seca, sem afetar o crescimento e o desenvolvimento de uma planta geneticamente modificada”, disseram. 

Sabe-se que os chamados fito-hormônios se ligam aos receptores da membrana celular, resultando em uma cascata de sinalização que pode produzir vários efeitos, como o alongamento e a divisão celular. Tentativas anteriores de inferir resistência à seca em plantas, modificando a sinalização brassinoesteróide, foram de algum modo bem-sucedidas, no entanto, devido à importante influência desses hormônios no crescimento, sempre levaram a plantas muito menores. 

A equipe também analisou os metabólitos nas plantas geneticamente modificadas e mostrou que a superexpressão de BRL3 prepara a planta para responder às condições de seca através de um mecanismo conhecido como priming. Então, quando expostos a condições de seca, esses metabólitos protetores se acumulam rapidamente nas raízes, protegendo assim a planta de secar.

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