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Não colheu milho suficiente para entregar? Saiba o que fazer

O mercado futuro é uma espécie de seguro do preço


Foto: Divulgação

O agricultor brasileiro está por demais amarrado ao mercado físico e não enxerga a solução que está bem à sua mão, afirma a Consultoria TF Agroeconômica. Para os especialistas, a saída para esse problema é o “mercado de Bolsa, ou mercado de futuros, usado por 100% dos agricultores americanos e 75% dos agricultores argentinos, que tem muitas vantagens”. 

“Entre as principais delas é que você não fica obrigado a entregar a mercadoria e a segunda é que você pode adaptar o seu preço de venda em caso de o mercado subir, coisa que você não pode fazer quando vende no físico. O mercado futuro é uma espécie de seguro do preço. Quando o nível chega num ponto que cobre 100% dos seus custos de produção, mais 100% das suas necessidades pessoais e da fazenda no ano, você trava o preço na Bolsa e garante o retorno de todo o seu investimento”, explica a equipe de analistas.

Além disso, destacam, ao fixar o preço na Bolsa você garante o preço, mas não precisa entregar a mercadoria, porque é um mercado de contratos (papel) e não de entrega: “Se tiver quebra de safra, recompra o contrato e liquida a posição, sem precisar entregar nada”.

“No mercado físico, quando você vende não pode mais mexer no preço. Se o preço aumentar, você não ganha. No mercado futuro você pode adaptar a sua posição e recolocar o contrato em nível mais alto. Quando, então, você entrega o que produziu? Entrega depois de colher, mas o preço já está fixado bem antes, na Bolsa. Ao entregar o produto você tem duas opções: entrega junto a posição da Bolsa e o comprador paga o preço que você fixou. Ou você entrega o produto ao preço do dia no físico e ganha a diferença da Bolsa”, acrescenta a TF.

No caso do milho deste ano, exemplificam os analistas, os agricultores venderam e veio a seca: “Não tiveram produto para entregar, tendo que fazer wash-outs e recompras de contrato ou pagar multas. Nada disto ocorreria se eles tivessem apenas fixado preço do milho quando estava a R$ 100,00 na B3, por exemplo. Fixar o preço significa vender um contrato a R$ 100,00. Do outro lado está um especuldor que acredita que o mercado vai subir e ele vai ganhar 1 ou mais reais com este contrato. Mas, o seu preço e o retorno das suas necessidades está garantido”.

Na avaliação da TF, o agricultor precisa fazer duas coisas: “Adquirir conhecimento e dar o primeiro passo. Claro que isto demanda conhecimento de mais detalhes e um aprendizado. Mas, há quantos anos você vem vendendo soja e milho e não conhece isto? Então, comece agora. Dê o primeiro passo”, conclui a TF Agroeconômica. 

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