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Negociação do preço do tabaco tem início na próxima semana

Primeira rodada de reuniões dos representantes dos produtores e empresas ocorre na quarta e quinta-feira, na Fetaesc


A Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco dos três estados do Sul do Brasil e as empresas fumageiras realizam na próxima quarta e quinta-feira, dias 5 e 6, a primeira rodada de negociação do preço da safra. Os encontros ocorrerão na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), em São José, na região metropolitana de Florianópolis. Os representantes das federações dos três estados do Sul e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) se reunirão no primeiro dia, às 8 horas, para o realinhamento das propostas e depois, a partir das 10h15, começarão as tratativas individuais com cada uma das indústrias do setor.

O presidente da Afubra, Benício Werner, ressalta que será uma negociação diferenciada em relação aos anos anteriores, pois o levantamento do custo de produção foi feito de acordo com cada empresa e não mais de forma unificada. Nos encontros da próxima semana haverá o comparativo dos dados apurados pela comissão dos produtores e pelas indústrias para verificar se há diferenças. “Como se obedeceu aos mesmos coeficientes técnicos, não deve haver muita variação entre os dois levantamentos”, explica o dirigente. Depois dessa análise começa a discussão da proposta de aumento no preço para a atual safra.

Werner lembra que, nas últimas negociações, houve dificuldades para fechar acordo logo nos primeiros encontros. Destaca que a comissão luta pelo produtor, que precisa ser remunerado de forma a compensar o seu investimento. Ele observa que as indústrias, nos anos anteriores, alegaram custos diferenciados entre elas por diversos fatores. Por isso, a adoção da nova forma pode ser um fator que vai facilitar a negociação.

O presidente da Afubra prevê que o valor dos insumos pode ser o maior diferencial no custo entre as empresas, pois varia conforme o período em que houve a compra. O produto tem 18% de participação no valor total das despesas de produção. O maior índice no cálculo se refere à mão de obra. Werner explica que o valor da lenha também varia entre as regiões, por isso aumenta ou diminui de acordo com as áreas onde se concentra o maior número de produtores integrados de cada indústria.

O início da comercialização também será discutido. Algumas empresas sinalizaram, nas reuniões preliminares de setembro, começar a compra em dezembro, principalmente no Litoral de Santa Catarina, onde a colheita se inicia mais cedo.

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