Negócios de trigo começam a se movimentar
Em Santa Catarina, os moinhos estão recebendo contratos futuros de safra velha
Os negócios de trigo da safra nova começam devagar no estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da T&F Consultoria Agroeconômica. “Hoje percorremos uma grande extensão de área plantada no norte das Missões e vimos apenas algumas poucas lavouras prontas para colheita. Por isso, também, os negócios são pontuais, mas os preços são gigantes: os pequenos negócios feitos hoje de trigo novo foram fechados a R$ 1.200,00 FOB, ao qual é preciso ainda acrescentar o frete”, informa.
“Este preço é 41,17% acima do preço do trigo novo da safra passada, que começou a ser vendido a R$ 850,00/t. Os moinhos gaúchos estão se abastecendo de trigo paulista (15.500 tons conhecidas) e paranaense (outras10.000 tons conhecidas). Os negócios de trigo local feitos nesta segunda-feira não chegam a 2.00 toneladas, mas assustam pelo preço”, completa.
Em Santa Catarina, os moinhos estão recebendo contratos futuros de safra velha e alguns de safra nova e aguardando a colheita. “O estado deverá colher uma boa safra, livre de problemas sanitários, ao redor de 189 mil toneladas, mas ainda insuficiente para atender à sua capacidade de moagem. Os preços do trigo em Santa Catarina de safra nova estão se mantendo elevados, uma vez que algumas cooperativas pagam ao redor de R$ 1.033/t ou R$ 62,00/saca, no mercado de balcão, o que é considerado muito elevado, mas extremamente lucrativo para os agricultores. A consequência, porém, é que não há nenhuma chance de baixa o preço das farinhas”, informa.
Com preços subindo em plena colheita, o agricultor do Paraná está mais retraído e impulsiona mais o preço. “Houve negócios a R$ 1.220/t. FOB no Norte PR, volume bem considerável. Teve negócios também a R$ 1.180/t no norte PR, com Falling mais fraco. Ofertas no estado todo aos níveis de 1.200/t. FOB. Comentários de ofertas até 1.250/t.Preços balcão ao produtor mantém-se firmes entre R$ 65 a 67/saca. Vendedor sem muita vontade de fazer negócio”, conclui.