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Normas de proteção da doença da "vaca louca" nos EUA custam US$ 149 milhões


A Tyson Foods, Cargill e outros frigoríficos dos Estados Unidos gastarão US$ 149 milhões por ano para obedecer as normas emergenciais impostas pelo governo para proteger da doença da "vaca louca", o fornecimento de carne bovina, informou o Departamento de Agricultura do país (Usda).

A análise de custos foi divulgada pelo departamento de Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar. Não se espera que as medidas tenham impacto significativo sobre os preços da carne vermelha, disse o serviço em sua análise, que estimou os custos com a implementação das regras entre US$ 110,3 milhões e US$ 149, 1 milhões por ano.

As normas foram criadas logo após ter sido notificada, em 23 de dezembro, a vaca leiteira portadora do mal da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da "vaca louca", no estado de Washington. Pretendem proteger o consumidor doméstico de carne bovina e garantir a segurança dos parceiros comerciais dos Estados Unidos. Mais de 40 países cancelaram a importação do produto, comprometendo uma exportação avaliada em US$ 3,8 bilhões anuais.

As medidas proíbem os frigoríficos de vender carne vermelha proveniente de animais com dificuldade de se locomover. Também foram proibidos órgãos e tecidos de alto risco, como cérebro, globos oculares e intestino delgado, de reses com mais de 30 meses de idade. Esses tecidos são considerados perigosos, pois podem estar infectados pela doença que ataca o cérebro dos animais.

As normas também impuseram limites para o uso de alguns sistemas que empregam recursos mecânicos para retirar a carne dos ossos dos animais, a fim de minimizar o risco de possível mistura de tecidos nervosos infectados com a carne. Os cientistas acreditam quer as pessoas que consomem certas partes dos animais infectados pela doença da "vaca louca" podem contrair uma doença variante, chamada Creutzfeldt-Jakob, que também atinge o cérebro, e que é considerada a causa de 139 mortes humanas no Reino Unido, desde 1990.

Prevenção da EEB

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoverá nos dias 15 e 16, em Brasília, o 5 Seminário sobre Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis com o objetivo de treinar patologistas de instituições públicas e privadas na padronização das ações de vigilância sanitária dessas doenças no país. O encontro tem apoio da Universidade de Brasília (UnB) e do Fórum Nacional da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Coordenado pela gerência do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e Encefalopatias (PNCRH), o curso terá 40 vagas e será dividido em palestras e aulas práticas. Os primeiros cursos tratarão de prevenção das encefalopatias e padronização de procedimentos para diagnóstico das doenças do sistema nervoso central dos bovinos, como raiva e outras enfermidades, presentes no pais. Também serão realizados encontros sobre doenças consideradas exóticas, como a doença da "vaca louca" e o "scrapie".

Nas quatro versões anteriores, o seminário capacitou 108 profissionais especialistas, entre patologistas e pesquisadores.

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