Nova árvore foi descoberta
A espécie em questão destaca-se por características físicas, como altura
Pesquisadores do Instituto de Biociências da USP, em colaboração com o Instituto Tecnológico Vale e a Universidade Federal de Ouro Preto, descobriram uma nova espécie de árvore, denominada Mollinedia fatimae em homenagem à professora Fátima Buturi. A descoberta, realizada no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, Minas Gerais, surpreendeu a equipe devido à quantidade significativa de pesquisas na região. A Mollinedia fatimae foi classificada como "Criticamente em Perigo", indicando um risco extremamente alto de extinção na natureza.
“Eu não estava buscando essa espécie, até porque não existiam evidências de sua existência ainda. Quando eu fui para Ouro Preto, vi essa planta e logo identifiquei que ela era pertencente ao grupo que eu estudo”, explica Danilo Zavatin, mestrando em Botânica pelo IB, ao Jornal da USP. O pesquisador explora a família Monimiaceae, que abrange 26 gêneros e 250 espécies por todo o mundo – desse total, cinco gêneros e 47 espécies podem ser encontradas no Brasil, principalmente no bioma atlântico.
A espécie em questão destaca-se por características físicas, como altura (podendo atingir até 10 metros) e a separação de sexo entre os indivíduos, complicando o processo de catalogação. A presença de plantas exclusivamente com flores femininas e outras exclusivamente com flores masculinas dificulta a identificação em campo devido à falta de sincronização na floração.
“Isso quer dizer que você vai ter plantas inteiras somente com flores femininas e plantas somente com flores masculinas. Isso dificulta o trabalho em campo porque muitas vezes a floração não está muito bem sincronizada, e achar indivíduos diferentes com o mesmo grau de abertura das flores é um desafio”, explica. O pesquisador não conseguiu averiguar o fruto da árvore.