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Novas práticas podem reduzir emissões da pecuária em 50%

“Nossa análise mostra que podemos melhorar a eficiência e a sustentabilidade da produção de carne bovina"


Foto: Marcel Oliveira

Um novo estudo realizado pela Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, indicou que a indústria da pecuária bovina pode reduzir as emissões de gases de efeito de estufa (GEE) até 50% em certas regiões. As informações foram divulgadas pela revista Vida Rural de Portugal indicando que os Estados Unidos da América e o Brasil são as regiões que têm o maior potencial de redução. 

O estudo, “Reduzindo os impactos climáticos da produção de carne bovina: uma síntese das avaliações do ciclo de vida em sistemas de gestão e regiões globais”, foi publicado em 5 de abril na Global Change Biology. Globalmente, o gado produz cerca de 78% das emissões totais de GEE do gado. Ainda assim, existem muitas soluções de gestão conhecidas que, se adotadas de forma ampla, podem reduzir, mas não eliminar totalmente, a pegada climática da indústria da carne bovina, de acordo com a autora principal Daniela Cusack, professora assistente do Departamento de Ciência do Ecossistema e Sustentabilidade da CSU. 

“Nossa análise mostra que podemos melhorar a eficiência e a sustentabilidade da produção de carne bovina, o que reduziria significativamente o impacto climático da indústria”, disse Cusack, também pesquisador associado do Smithsonian Tropical Research Institute, no Panamá. “Mas, ao mesmo tempo, nunca alcançaremos as emissões líquidas zero sem mais inovação e estratégias além da gestão de terras e maior eficiência de crescimento. Há muito espaço, globalmente, para melhorias”, completa. 

“Meu país natal, o Brasil, tem mais de 52 milhões de hectares de pastagens degradadas - maiores do que o estado da Califórnia”, disse Amanda Cordeiro, coautora e estudante de pós-graduação da CSU. “Se pudermos almejar uma regeneração em larga escala de pastagens degradadas, implementação de sistemas silvo-agro-florestais e adoção de outras estratégias de manejo local diversificadas para a produção de gado, o Brasil pode diminuir drasticamente as emissões de carbono”, conclui. 

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