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Novas tecnologias no cultivo de sorgo

Pesquisadores da Embrapa avaliam espaçamento e densidade no plantio


Pesquisadores da Embrapa avaliam espaçamento e densidade no plantio

Em Sinop, a 580 quilômetros de Cuiabá, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agrossilvipastoril) estudam novas tecnologias para o cultivo do sorgo sacarino.

Eles avaliam época de plantio, desempenho de cultivares, espaçamento entre plantas e densidade populacional. Os trabalhos busca a definição de um sistema de produção adequado às condições naturais para a região Centro-Oeste.

O pesquisador Alexandre Ferreira explica que os trabalhos foram iniciados no fim de 2011 e que as primeiras informações devem ser publicada em maio. Ele diz que o sorgo sacarino não deve ser visto como um substituto da cana-de-açúcar, mas sim como uma cultura complementar. “Sobretudo no período de entressafra da cana, quando as usinas ficam ociosas”.

Para processar o colmo do sorgo, onde está o açúcar, são necessários poucos ajustes no campo e nenhuma adaptação na área industrial. “Os colmos podem ser processados na mesma instalação destinada à produção de etanol de cana-de-açúcar, oferecendo também uma quantidade de resíduo fibroso (bagaço) para gerar o vapor necessário para a operação industrial”.
A região Sul,tradicionalmente produtora de sorgo, tem registrado anualmente uma redução de 2,81% na área plantada e 2,74% na produção

Já o Centro-Oeste apresentou crescimento anual de 2,24% em área plantada e 2,25% na produção
 
Alexandre ressalta ainda que a utilização das 2 culturas como matéria prima para a produção do etanol pode permitir um melhor uso dos colmos da cana-de-açúcar após atingirem a maturação completa, o que representa teores mais elevados de açúcares. Uma das vantagens do sorgo sacarino é o menor tempo de produção.

Enquanto a cana-de-açúcar leva de um ano a um ano e meio para ser colhida, o sorgo pode ir para a destilaria com 120 dias. Com custo de produção abaixo da metade do custo do canavial, o sorgo sacarino não chega a ter o
mesmo rendimento da cana-de-açúcar. Entretanto, como se trata de uma cultura de ciclo rápido, é possível fazer mais de uma safra anual, ou ainda o consórcio com outras culturas, gerando, assim, uma compensação aos produtores.

Alternativa

O sorgo pode substituir parcialmente o milho nas rações para aves e suínos. No caso dos ruminantes, o milho pode ser totalmente substituído pelo sorgo. A cultura tem mostrado bom desempenho como alternativa para uso no sistema de integração lavoura-pecuária e como proteção do solo contra a erosão e para acumulo de matéria orgânica. (EP)

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