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Novo secretário executivo da Agricultura já acompanhou testes com milho transgênico


O novo secretário executivo da Agricultura, Amauri Dimarzio, alega que já chegou a acompanhar experimentos com transgênicos. Em uma área de sua fazenda em Goiás, Dimarzio pôde ver de perto os ensaios com milho geneticamente modificado. Porém, hoje ele prefere não se manifestar sobre o assunto, e destaca que as prioridades no momento são o embargo da Rússia à carne suína e a campanha contra a fome do governo federal. Mesmo que a lei atual proíba o plantio de transgênicos, o novo secretário executivo pretende discutir o assunto com o governo federal para chegar a uma decisão conjunta. Como agrônomo, Dimarzio revela sua posição. “Se os mercados consumidores aceitarem livremente os produtos modificados geneticamente acredito que o Brasil não vai jogar fora uma ferramenta que traga benefícios para o país a para o povo brasileiro”, ressalta.

Ele destaca que o atraso em pesquisas no Brasil fez com que o país se atrasasse em relação aos europeus, onde muitos já estão liberando testes com trasngênicos e outros estão discutindo sobre o assunto. Mesmo com o avanço da discussão sobre a trasngenia, o ponto mais destacado pelo secretário foi que as lavouras devem ser legalizadas. “Precisamos trabalhar sempre com a legalidade, enquanto os transgênicos forem considerados fora da lei, não iremos plantar transgênicos”, enfatiza. Quanto ao abastecimento de milho, ele alega que o governo vai trabalhar o mais rápido possível para incentivar o plantio de safrinha e em mecanismos que garantam o aumento do plantio de milho para 2003/2004. “Vamos estudar quais os melhores caminhos. Os contratos de opção serão muito importantes, mas queremos chamar a indústria de consumo para que participe ativamente e se comprometa. O milho tem sido tratado apenas como cultura doméstica, mas tem que ser encarado como cultura internacional”, argumenta.

Dimarzio é ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), e ex-dono de uma empresa de sementes, a Braskalb, vendida em 98 para a multinacional Monsanto.

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