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O Brasil tem potencial no mercado de carbono? 

As maiores indústrias de alimentos do Brasil e mesmo os pequenos produtores estão atentos


Foto: Nadia Borges

O movimento estrutural do mercado de carbono veio para ficar, segundo afirmou Luis Felipe Adaime é fundador e CEO da Moss, pioneira plataforma global de compra e venda de tokens de crédito de carbono, para a CarneTec Brasil. Mas será que o Brasil tem potencial nesse mercado? 

“O produto gerado pelo agronegócio brasileiro é global e, cada vez mais, a entrada nos diferentes mercados importadores está atrelada ao cumprimento de requisitos ambientais. As maiores indústrias de alimentos do Brasil e mesmo os pequenos produtores estão atentos a esse movimento e às discussões que se desenrolam desde o Protocolo de Kyoto [1997] e, agora mais recentemente, com o Acordo de Paris [2015]”, diz ele. 

Segundo ele, temos 40% das florestas tropicais do mundo, e como (de acordo com a FAO) temos mais de 50% do carbono do mundo (mais que a soma do 2º ao 11º colocados), poderíamos conservar nossas florestas, gerar milhões de certificados digitais chamados créditos de carbono, e vendê-los a empresas e governos de países desenvolvidos. Nesse contexto, o potencial brasileiro pode ser enorme, visto que o país é muito grande e muito influente no quesito de produção de alimentos. 

“A gestora global Schroders estima que a economia brasileira poderia crescer 6% a 7% ao ano se o Brasil atingir seu potencial de certificação anual de 1,5 bilhão de créditos de carbono – vendidos ao preço atual europeu de US$ 60, este valor seria de US$ 90 bilhões de exportações (e portanto entrada de dólares) a mais para o país. A COP26, em Glasgow, na Escócia, pode ser uma grande oportunidade para o Brasil, mas não é nossa única esperança”, conclui. 

  

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