A safra brasileira de fumo promete bater um novo recorde, mesmo que inferior ao resultado esperado até meados de dezembro passado. A estimativa inicial do setor fumageiro - uma produção acima de 700 mil toneladas - acabou abalada pelas chuvas que insistiram em cair sobre a região sul do Brasil nos quatro últimos meses de 2002.
Segundo as previsões mais recentes do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), ainda assim poderão ser produzidas 640 mil toneladas até o final de fevereiro. Um saldo abaixo do esperado, mas superior ao registrado na ultima safra, que alcançou pouco mais de 635 mil toneladas. O Brasil se mantém como o maior exportador de fumo do mundo e, em termos de produção, fica atrás somente da China.
Na base desse sucesso estão mais de 160 mil famílias que trabalham na fumicultura e pelo menos 21 mil pessoas empregadas nas fábricas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. O setor deve movimentar, conforme previsões do Sindifumo, US$ 1,15 bilhão somente em exportações, e a receita dos produtores pode chegar a R$ 2,4 bilhões.