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O que a eleição de Biden muda nas commodities e energia?

Platts projeta que Biden se concentrará em reparar relacionamentos com aliados


Foto: Leonardo Gottems

A equipe de analistas da S&P Global Platts Analytics projeta que haverá, a partir do próximo ano, um provável aumento na regulamentação e incentivos para o crescimento do mercado de energias renováveis no Brasil. De acordo com a Platts, uma das maiores fornecedora líder independente de informações e preços de referência para os mercados de commodities e energia, pode-se esperar “mudanças no cenário” após a eleição como novo presidente norte-americano do candidato do Partido Democrata, Joe Biden. Confira o que os especialistas preveem: 

    • A indústria de energias renováveis verá um ambiente mais favorável e um retorno aos compromissos do Acordo de Paris, que irá acelerar o investimento em energia eólica solar e armazenamento, impactando a demanda de combustível fóssil na geração de energia térmica.
      
    • O reengajamento com o Acordo de Paris trará propostas climáticas abrangentes (incluindo a segmentação do setor de energia descarbonizado até 2035) que, no entanto, dependem da composição do Senado dos EUA e da importância relativa de outras prioridades políticas (não energéticas).
       
    • A política também deve mudar para implantações adicionais de energias renováveis e baterias em detrimento dos combustíveis fósseis na geração de energia.
       
    • Joe Biden deve trabalhar para reverter o retrocesso do governo Trump das regulamentações da era Obama (a Lei de Revisão do Congresso pode dar vitórias rápidas).
       
    • As políticas tributárias e os subsídios da indústria de energia podem passar por um novo escrutínio, impactando os custos de perfuração de petróleo. Tais ações, juntamente com os preços da energia ainda fracos para petróleo, gás e carvão, dificultariam o caminho de recuperação para o setor de energia nesse segmento
 
POLÍTICA EXTERNA

Em termos de relações exteriores, a Platts projeta que Biden se concentrará em reparar relacionamentos com aliados e trazê-los em iniciativas de política externa, incluindo Irã, Venezuela, China e Rússia. “Um retorno dos barris iranianos é mais provável sob Biden, embora não deva se esperar um retorno significativo antes de 2022. Abordagem multilateral ao comércio e outras parcerias globais, com menos atrito com uma série de parceiros comerciais importantes como, América Latina, União Europeia e China”, concluem os analistas.

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