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O que a tecnologia reserva ao agronegócio?

Evento que reuniu lideranças do setor discutiu a atual situação da agricultura 4.0 no Brasil


Foto: Marcel Oliveira

A safra de grãos no Brasil caminha para um novo recorde. Dados da projeção divulgados pela Conab nesta quarta-feira (13) mostram que a safra 2019/2020 deve ter um aumento de 1,8% na produção, com 246,4 milhões de toneladas (4,3 milhões de toneladas em comparação à safra 2018/19). Destaque para soja, algodão e milho. 

O Brasil é uma potência produtora e exportadora também, ocupando a 3ª posição mundial em exportações. Do total quase tudo é soja, carne, produtos de origem florestal e açúcar/etanol. Mas como produzir mais com menos recursos naturais e financeiros? Como suprir a demanda mundial de alimentos? Como se adequar às tecnologias que, cada vez mais, são realidade no campo? Como combinar tudo com conectividade, gestão de dados e economia? Essas perguntas são constantes na cabeça dos produtores rurais e também permearam os debates do Summit Agronegócio 2019, realizado em São Paulo (SP). 

Com o tema “Tecnologia para alimentar e preservar o planeta – o agronegócio se reinventa” autoridades e nomes importantes do setor discutiram questões como: big data, internet das coisas, drones, softwares e aplicativos que mudando o perfil de trabalho no campo.

O governador de São Paulo, João Dória, que esteve na abertura do evento, destacou que, cada vez mais, o incentivo à inovação e à pesquisa tem feito a diferença. São Paulo é o único Estado do Brasil a ter um escritório no exterior (Xangai/China) para impulsionar negócios. A unidade é financiada por parcerias privadas, empresas brasileiras que têm interesse na China e vice-versa. Dos 36 projetos que o escritório analisa atualmente 12 são voltados para o agronegócio, em setores como infraestrutura e logística ferroviária, rodoviária e hidroviária para facilitar o escoamento da produção, por exemplo. “O agro é uma prioridade em São Paulo. Representamos, praticamente, um quarto de todo o setor no Brasil e estamos crescendo. Grande parte disso se deve à tecnologia dos médios e grandes produtores e cooperativas que incluem também os pequenos produtores. Acredito em ciência, inovação, pesquisa e tecnologia para melhorar a gestão, produção e resultados no agronegócio”, completa.

O secretário da Agricultura de São Paulo, Gustavo Junqueira, ressaltou que o uso crescente de tecnologias tem sido aliado da produtividade. “Queremos o agronegócio reconhecido como o setor da inovação”. Que a gente consiga trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, independente do clima. Isso tem feito com que a nossa capacidade de gerenciar chegue em resultados”, define.

É preciso saber usar

Tecnologia é importante mas é preciso saber usar o melhor dela para aproveitar o máximo do que as máquinas geram de informações, do que os softwares de gestão oferecem, do que os drones são capazes de fazer com pulverização precisa ou do que o controle biológico pode oferecer ao manejo. Esse foi o tema central do painel sobre tecnologia 4.0. 

O vice-presidente da Corteva Agriscience, Jair Afonso Swarowsky, aponta que o Brasil começou tarde nessa questão mas que ainda é possível recuperar e utilizar o melhor da ferramenta. Para isso os desafios maiores são a qualificação de mão-de-obra e a qualidade de dados além da conectividade. “A agricultura do Brasil está super bem tecnicamente, competitiva. Precisamos aprimorar novas soluções e, certamente, muitas já estão vindo por aí”, diz.

** Fotos da reportagem: Marcel Oliveira/Agrolink

Confira mais sobre o panorama das tecnologias no campo na reportagem em vídeo:

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