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O solo do bioma Pampa

Pesquisadores do Projeto Biomas recolhem amostras para definir possibilidades de uso da terra na propriedade sede dos experimentos



Pesquisadores do Projeto Biomas recolhem amostras para definir possibilidades de uso da terra na propriedade sede dos experimentos
Os pesquisadores do Projeto Biomas estão novamente no Pampa, fazendo o mapa de solos da propriedade em que será implantada a rede experimental. As amostras são coletadas, uma a uma, para obter a informação dos processos que formaram os solos da propriedade, bem como reconhecer os atributos frente às diferentes possibilidades de uso.

A propriedade receberá a partir do ano que vem experimentos em que a árvore, em conjunto com a pecuária ou a agricultura, possa proporcionar mais oportunidades sociais, econômicas e ambientais ao agricultor. A estância fica no município de Dom Pedrito, a 90 km de Bagé, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
As amostras serão encaminhadas para o laboratório de análises químicas e físicas. "Classificamos os solos para poder criar as unidades de mapeamento dentro da propriedade. Ali teremos áreas com maior oportunidade de produção e outros mais frágeis, sendo destinadas para preservação ou reserva legal", explica o Dr. Gustavo Curcio, coordenador nacional do projeto e pesquisador da Embrapa Florestas.

De acordo com os pesquisadores, o solo do Pampa é altamente rico em nutrientes, mas possui restrições ao uso, fator que será levado em conta na escolha das formas do manejo da área. "Quanto mais se mexe, mais se gasta o carbono desse solo. Então, as culturas que devem ser trabalhadas nesta área devem privilegiar os sistemas conservacionistas, onde se mobiliza o mínimo possível do solo, agrega matéria orgânica, além de fazer a rotação de culturas. Com tudo isso, reduz-se a incidência do processo erosivo, um dos problemas da fragilidade do solo", afirma o mestre em Agronomia, Carlos Alberto Flores, da Embrapa Clima Temperado.
O trabalho do Projeto Biomas, que prioriza a árvore e concilia a necessidade do produtor com a preservação ambiental, vai contribuir para a manutenção das características naturais do solo. "As árvores ficam muito tempo no mesmo lugar, evitando que o solo seja mexido constantemente.", finaliza o PhD em Agronomia, Renato Dedecek.

SOBRE O PROJETO BIOMAS

O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.
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