O solo do bioma Pampa
Pesquisadores do Projeto Biomas recolhem amostras para definir possibilidades de uso da terra na propriedade sede dos experimentos
A propriedade receberá a partir do ano que vem experimentos em que a árvore, em conjunto com a pecuária ou a agricultura, possa proporcionar mais oportunidades sociais, econômicas e ambientais ao agricultor. A estância fica no município de Dom Pedrito, a 90 km de Bagé, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
De acordo com os pesquisadores, o solo do Pampa é altamente rico em nutrientes, mas possui restrições ao uso, fator que será levado em conta na escolha das formas do manejo da área. "Quanto mais se mexe, mais se gasta o carbono desse solo. Então, as culturas que devem ser trabalhadas nesta área devem privilegiar os sistemas conservacionistas, onde se mobiliza o mínimo possível do solo, agrega matéria orgânica, além de fazer a rotação de culturas. Com tudo isso, reduz-se a incidência do processo erosivo, um dos problemas da fragilidade do solo", afirma o mestre em Agronomia, Carlos Alberto Flores, da Embrapa Clima Temperado.
SOBRE O PROJETO BIOMAS
O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.