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Oeste catarinense tem potencial para ser polo produtor de frutas tropicais

A 1ª Jornada de Fruticultura do Oeste Catarinense realizada em Chapecó teve como tema "O diagnóstico da fruticultura no oeste catarinense"


“O diagnóstico da fruticultura no oeste catarinense” foi tema abordado pelo engenheiro agrônomo da Epagri e professor da Unoesc, Gilberto Luiz Curti, durante a 1ª Jornada de Fruticultura do Oeste Catarinense, no pavilhão da Associação de Criadores de Suínos, durante a Exposição-feira Agropecuária Industrial e Comercial (EFAPI 2013), nesta terça-feira, em Chapecó.

Com base nas informações de pomares comerciais, independente do tamanho da área cultivada, para consumo in natura ou para industrialização, foram coletados dados da produção das principais frutas produzidas em Santa Catarina.

A pesquisa da Epagri-CEPA tem como objetivo atualizar e ampliar o conhecimento sobre o setor; identificar o número de produtores por espécie de fruta, independentemente do número de pomares de diferentes espécies existentes; somar a área plantada para fins comerciais; verificar a quantidade produzida de cada espécie de fruta e elencar o preço médio de venda recebido pelo produtor no período da safra.

O período de referência da coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas, porém a atualização dos dados ocorre anualmente. Os dez polos de fruticultura no Estado, conforme divisão utilizada pela Epagri, são oeste, meio oeste, planalto sul, planalto norte, alto Vale do Itajaí, litoral norte, região metropolitana, litoral sul, extremo oeste e alto vale do Rio do Peixe.

Segundo Curti, Santa Catarina tem na fruticultura uma importante atividade econômica, que gerou, em 2012, um valor bruto de R$ 842 milhões. “Sabemos que esses resultados seriam maiores porque se perde muita fruta, que poderia ser transformada em suco ou geleia. É possível um grande incremento futuro, mas falta à incorporação de novas tecnologias e práticas de manejo. O produtor sabe que é importante, mas, para industrializar há várias questões que devem seguir a legislação e para isso é necessário parcerias com Epagri e órgãos competentes”, observou.

Na produção catarinense destacam-se a maça com 55%, seguida pela banana com 32%, uva com 4% e outras frutas com 9%. O professor destacou que o diferencial entre a produção da maça e da uva está relacionada com a área plantada. “A produção de maça está concentrada em 41 municípios, enquanto a uva está presente em todas as regiões e em 180 municípios, o que representa 77% do total, com 3.030 produtores”, explicou. A banana está presente nos municípios do litoral com grande número de produtores e cerca de 59 mil hectares de pomares. O número total de produtores é de aproximadamente 14 mil.

Quanto a rentabilidade o setor também apresenta possibilidades de expansão. Segundo o professor, dos principais setores em Santa Catarina, que movimentam aproximadamente R$ 15 bilhões, as lavouras temporárias correspondem a 35%, de pecuária 59% e de frutas apenas 6%.

OESTE

No oeste catarinense, que compreende 38 municípios, a área cultivada com frutíferas foi de 622,5 hectares, sendo 263,5 hectares cultivados com laranja que resultaram R$ 794,604. Com uva são 291,1 hectares de cultivo e uma produção de 3.217,2 toneladas, os quais geram um valor de R$ 2.638.446,00. Conforme a pesquisa da Epagri-CEPA, a uva foi a fruta de maior importância econômica e respondeu por 69,4% do total gerado na região oeste.

Curti ressaltou que no oeste catarinense está ocorrendo forte incremento da fruticultura, principalmente, as de clima tropical, demonstrando que poderá se tornar um importante polo produtor. Além disso, atualmente, as frutas mais importantes produzidas na região são a uva e a laranja, tanto pelo volume de área plantada como pelo valor bruto da produção. “As produtividades são crescentes ainda tem muito espaço para incrementar por meio da incorporação de tecnologias e práticas de manejo”, afirmou.

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