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Oeste de SC pede apoio para agroindústria


Uma comissão de prefeitos do Oeste Catarinense se reúne hoje com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, buscando uma solução para a Chapecó Alimentos. A agroindústria, uma das principais da região, está enfrentando problemas de crédito e pagamento de fornecedores.

Ontem, prefeitos e representantes de cerca de 15 municípios estiveram reunidos em Chapecó, com diretores da empresa e representantes do Sindicato dos Criadores de Aves de Santa Catarina (Sincravesc). O diretor de agropecuária da empresa, Vilmar Pedotti, reconheceu que a situação é grave e que há dificuldade até para fabricar ração. Ele explicou que o problema foi gerado pela falta de crédito que iniciou com a crise argentina, quando a empresa era controlada pelo grupo Macri. Pedotti disse que atualmente a empresa precisa pagar adiantado para receber matéria-prima dos fornecedores. Somente o custo de milho é de R$ 1 milhão por dia.

A capaciade de abate de aves é de 320 mil animais ao dia em Xaxim, e 170 mil em Cascavel. Já o abate de suínos gira entre 2,6 e 2,8 mil em Chapecó e Santa Rosa-RS, em condições normais. A agroindústria tem cerca de 900 avicultores e 320 suinocultores integrados no Oeste catarinense. O prefeito de Chapecó e presidente da Associação de Municípios do Oeste Catarinense (Amosc), Pedro Uczai, disse que é preciso avaliar as conseqüências do arrendamento, venda ou transformação da Chapecó Alimentos numa cooperativa. Para Uczai, o BNDES tem que fazer juz à parte social e auxiliar com créditos ou matéria-prima de fornecedores que estão ligados ao banco.

O prefeito de Xaxim, Gastão Fonini, disse que a reunião de hoje é questão de vida ou morte, pois a agroindústria é uma das principais empresas da região. O prefeito de Seara, Flávio Ragagnin, solicitou o apoio da bancada catarinense no Congresso Nacional para resolver a questão. Em Xaxim, o Sincravesc promove hoje uma assembléia com os avicultores. O vice-presidente do Sincravesc, Mauro Zandavalli, disse que a categoria quer uma solução para os atrasos de pagamento, que giram entre 70 a 80 dias, além da falta de ração. A falta de comida, segundo o sindicato, causa morte de aves e práticas de canibalismo.

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