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Oferta de café no Brasil fica "normal" pela 1ª vez em mais de um ano

Oferta de café para a indústria brasileira atingiu níveis considerados normais pela primeira vez em mais de um ano


A oferta de café para a indústria brasileira atingiu níveis considerados normais pela primeira vez em mais de um ano, com produtores dispostos a vender para gerar caixa e escapar de preços ainda mais baixos às vésperas de uma safra que promete ser recorde, disse uma liderança do setor nesta quarta-feira à Reuters.

Pelos dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil pode produzir mais de 58 milhões de sacas em 2018, em um ano de alta na bianualidade do arábica e também como resultado de uma recuperação nas lavouras de conilon, que sofreu com fortes secas nos últimos anos.

Em meio a essa perspectiva, além da própria ampla oferta global, as cotações da commodity vêm caindo tanto interna quanto externamente. No Brasil, a saca do arábica, principal variedade produzida, já cedeu 5,4 por cento em 2018, segundo o Cepea, enquanto os futuros da commodity na Bolsa de Nova York recuaram 7,6 por cento.

Esse cenário tem levado produtores do Brasil, maior exportador mundial, a comercializar agora suas colheitas antes que os preços do café caiam ainda mais, disse o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz.

“Tem havido maior oferta tanto de conilon quanto de arábica... Isso tem vários fatores. O principal, talvez, é que estamos no fim da entressafra de conilon, em mais alguma semanas vamos começar a colheita, e os produtores tendem a vender mais para suportar as despesas com essa colheita”, afirmou Herszkowicz.

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