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Oferta reduzida de animais eleva preço do quilo vivo a R$ 3,80

Tendência é de estabilidade no mercado interno em função do aumento da demanda, típica do fim de ano


Os suinocultores goianos estão comemorando a alta de preços dos suínos e a queda nos custos da ração, provocada pelas baixas cotações do milho. O quilo vivo de suíno foi comercializado esta semana a cerca de R$ 3,80. Há trinta dias, era comercializado a R$ 3,40. “É um aumento significativo”, diz o presidente da Associação Goiana dos Suinocultores, Eugênio Arantes Pires.

Segundo ele, três fatores contribuíram para o aumento de preço: a abertura de novos mercados externos, como a Rússia; o aumento da demanda interna, que subiu de 12 quilos para 13 quilos por pessoa/ano e, principalmente, a oferta reduzida de animais.

“Estamos vindo de três anos de crise, com os produtores trabalhando no vermelho. Neste período, muitos descartaram matrizes e muitos deixaram de fazer o ciclo completo, preferindo vender leitões para diminuir custos. Com isso, o plantel ficou bastante reduzido”, explica.

Eugênio avalia que o preço do quilo vivo chegou ao pico. Segundo ele, novos aumentos podem afetar negativamente o mercado interno, com retração do consumo. Do mesmo modo, ele não acredita em queda de preço até o fim do ano. Isso porque, tradicionalmente, o brasileiro aumenta o consumo de carne suína no período.

Com a alta dos preços e uma considerável redução nos custos de produção, a suinocultura volta a ser rentável, diz ele. A redução dos custos de produção é conseqüência da queda nos preços do milho, que representa 70% do custo da ração.

Os suinocultores estão comprando o grão a cerca de R$ 21, posto na granja. Há quatro meses, o milho era vendido a R$ 28 e, em algumas regiões do Estado, chegava a R$ 30.

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