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Oficina sobre Certificação Agroflorestal traz sustentabilidade para atividade rural

O encontro foi realizado nesta no turno da tarde, no CECAF na Estação Experimental de Cascata da Embrapa Clima Temperado.


Região possui propriedade modelo licenciada há dois anos
 
Um grupo de 30 agricultores e técnicos da Secretaria do Ambiente e do Desenvolvimento  Sustentável do RS (SEMA) , do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa) e da Emater-RS em parceria com a Embrapa, promoveram a Oficina sobre Certificação Agroflorestal sob a coordenação do pesquisador Joel Henrique Cardoso. O encontro foi realizado nesta terça-feira, 27, no turno da tarde, no Centro de Capacitação do Agricultor Familiar (CECAF), na Estação Experimental de Cascata da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS).
 
O pesquisador Joel programou uma reunião para avançar o processo de certificação ambiental. "Já certificamos um estabelecimento rural há dois anos, e há outras propriedades com potencial para se inserirem neste processo", disse ele. A grande oportunidade é de aproximação entre os agricultores e os técnicos.
 
Segundo o pesquisador, a certificação agroflorestal  é uma licença específica para a implementação das florestas nativas, de forma a manejarem e explorarem essas espécies. "Tínhamos várias limitações na legislação ambiental, com essa certificação é possível que o agricultor corte determinadas espécies e vá informando ao Governo  as ações que ele está fazendo naquela área", explicou Joel.
 
As técnicas da SEMA, Loiraci e Vanessa Tomazzelli, falaram sobre o papel da Secretaria. "Para obtenção da certificação é preciso o agricultor querer, mas para ele se voluntariar, é indispensável ter um entendimento do processo", disse Loiraci. Ela destacou o motivo de fazer essa oficina com e para os agricultores ao esclarecer todos os passos necessários para obtenção do registro agroflorestal. Também informou que a escolha da área dentro da propriedade para ser destinada ao sistema agroflorestal é de escolha própria do agricultor.
 
Para Vanessa Tomazzelli a grande vantagem ao agricultor está no ganho de sua autonomia, inclusive para ser fiscalizado, sem ser punido, e podendo comercializar os subprodutos daquela área, como por exemplo, a madeira.
 
A primeira propriedade certificada
 
Para o agricultor Nilo Schiavon,  da Agropecuária Schiavon (Colônia São Manoel, Pelotas), primeiro agricultor a receber a certificação agroflorestal nesta região, este processo exige mudança de mentalidade. "A primeira coisa para se fazer a certificação agroflorestal é ter vontade e transformar a cabeça", falou Nilo. Ele relatou que os primeiros passos deste trabalho foram mais difíceis, mas depois, foi gratificante servir de modelo para outras famílias. Ao incorporar o sistema agroflorestal em sua propriedade ele contou que fez visitas a outras propriedades, fez cursos em outras cidades e, inclusive, convidou especialistas do Governo para conhecer o seu estabelecimento. "Levei um ano para alcançar o registro. E a implantação da certificação não interveio no retorno econômico da propriedade, mas um resultado de uso da terra sustentável", explicou. Desse mesmo sistema, implantado há dois anos, o agricultor faz a sua produção. "A estética da propriedade mudou bastante. Há floresta dentro da propriedade. Eu produzo frutas, flores, hortaliças, madeira, tudo junto!", falou Nilo. 
 
Passos para certificação:
 
- Ter vontade;
- Ter entendimento do processo de certificação;
- Realizar cadastro;
- Licenciar áreas rurais, conforme a situação do estabelecimento;

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