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OMC apresenta proposta agrícola


A União Européia (UE) reagiu negativamente ao documento que servirá de base às negociações agrícolas da nova rodada multilateral de comércio, lançada em Doha (Catar). A Comissão Européia alega que alguns dos objetivos principais não estão no texto, como a redução de todas as formas de subsídios à exportação. O esboço foi divulgado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e elaborado pelo presidente do grupo negociador de Agricultura, Stuart Harbison. Em nota do comissário europeu de agricultura, Franz Fischler, Bruxelas critica sobretudo a proposta de eliminação dos subsídios à exportação e suas diversas modalidades. ou seja: ele prevê eliminação dos subsídios a exportação em prazo máximo de 10 anos, sem dar tratamento igual aos créditos do setor, 'recurso utilizado no limite pelos EUA', comentou uma fonte comunitária. Por essa e outras razões, a proposta é considerada 'falha' quanto a acabar com as distorções de mercado criadas por determinados subsídios concedidos por países desenvolvidos. Entre as nações contrárias às ajudas diretas em certas áreas, a Austrália lidera o Grupo de Cairns, integrado pelo Brasil e outras 16 nações que não subsidiam suas agriculturas. A comissão aplaudiu a inclusão no texto da proposta européia de tratamento especial para as produções agrícolas que visem à segurança alimentar dos países em desenvolvimento. As análises serão levadas a Tóquio no fim de semana, quando representantes do Brasil e mais 24 países membros da OMC reúnem-se para acertar as formas de negociação agrícola, que deverão estar concluídas até 31 de março.

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