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Opinião: Expointer: outra “Pasión”

Este ano, evento inicia no dia 28 de agosto


Saulo Roberto Bevilacqua*

Quando o mês de agosto começa a chegar, já circula o rumor. Comenta-se na rua e nas mesas de almoço. Leem-se as primeiras notícias, escuta-se nas rádios e respira-se no ar. A Expointer a cada ano melhora e se renova.

E encontrar uma resposta para justificar, como e por que tal crescimento não e fácil.

Assim, começamos a recordar as primeiras feiras e vamos nos surpreender que do arreio às pistas foi um passo pelos pioneiros que tivemos. Estes sim, são as estrelas da Expointer.

Penso nos quantos funcionários da Secretaria da Agricultura, quantos secretários, veterinários, agrônomos e técnicos que trabalharam. Quantas histórias, quantas razões para este triunfo e a isto se agregam os produtores e a Farsul que atiçaram este “boom agropecuário”.

Agora, em boa hora, a Farsul coloca foco na renda do produtor rural, porque é muito eloquente a nossa descapitalização e achatamento de renda. Portanto, o homem urbano tem que saber o que se passa “por trás deste boom ”. O assunto é sério o suficiente de deixar-nos todos perplexos e galvanizados em nossa postura.

Será um erro seguir esperando que alguém solucione os problemas que temos na cadeia produtiva do trigo, carne, arroz e soja . Para regular, intervir e determinar quem ganha e quem perde temos que demonstrar que nós cuidamos de nossos interesses e não com delicadas solicitações. Há ocasiões em que a sombra fornece mais condições de crescimento, como o caso do milho, que cresce mais nas noites de verão. A sombra faz um trabalho que a claridade não faz.

No passado foram as charqueadas, depois os frigoríficos que nos impulsionaram para o desenvolvimento e agora é a biotecnologia e o plantio direto. A discussão está aberta para reverter este panorama negro para nós e uma avalanche de renda para os outros setores do agro. O trigo, barato, porém sexy. A carne, temperamental. A soja, um tobogã. E o trigo, tão velho quanto o Brasil e Argentina, que foi a primeira atividade produtiva, nas costas do Rio Paraná em 1526, trazida pelo Sr. Tobaga, em torno de 50 sementes, é o exemplo mais gritante.

Sentar em volta de uma mesa, agentes do governo, produtores, comerciantes e alguns políticos com prometidos, pois a maior parte “descobre um problema onde não tem, faz um diagnóstico incorreto e aplica uma solução inadequada”.

Enfim, 3... 2... 1... boom, a Expointer está chamando por nós, pelas nossas inteligências, espírito de risco e talentos. Vamos levar além de animais, nossa experiência, que podemos admirar os outros e que ficar entre “aprender ou ter razão”? A melhor resposta é aprender...

* Médico e produtor
Artigo publicado no Jornal Zero Hora no dia 02 de agosto de 2010

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