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Oportunidade de negócio para usinas do Paraná

Problema na Índia fez com que usinas do Paraná resolvessem destinar maior parcela da safra de cana para a produção de açúcar


A índia é um dos principais exportadores de açúcar do mundo. Mas este ano a safra de cana deles teve problema. Com isso não só deixaram de abastecer o mercado internacional como precisaram importar. O resultado foi o aumento do preço do produto. De olho nessa oportunidade, as usinas do Paraná resolveram destinar uma parcela maior da safra para a produção de açúcar.

Caminhões carregados lotam o pátio da usina. No auge da safra as máquinas não param. O Paraná deve moer este ano 50 milhões de toneladas de cana. São seis milhões a mais do que na última safra. O aumento vai em grande parte para a produção de açúcar, que está com preços atrativos no mercado internacional. A tonelada, que era vendida a US$ 270 no ano passado, o equivalente a pouco mais de R$ 500, chegou a ser negociada por US$ 400, quase R$ 800.

A alta no preço do açúcar é resultado da quebra na produção registrada em países considerados grandes produtores mundiais, como a Índia, por exemplo, que deixou de exportar. Entra em cena a velha regra da economia. Se diminui a oferta de determinado produto e a procura continua em alta, a tendência é o preço subir.

De olho no mercado internacional as usinas incrementam a produção. Uma delas, no norte do Estado, já opera no limite máximo de produção de açúcar, que consome mais da metade da cana esmagada. Já o álcool, com capacidade para produzir até 600 mil litros por dia, deve manter nesta safra a média diária de 350 mil litros.

“Certamente, a safra vai ser mais açucareira. O ano que vem, da mesma forma, a safra será mais açucareira em função dos preços que já estão na tela da bolsa já para o ano que vem”, disse Élcio Rabassi, gerente da usina.

Em junho do ano passado, sessenta e dois por cento da cana paranaense ia para a fabricação do álcool e 38% ficava para o açúcar. No primeiro semestre deste ano os números mostram 58% para o álcool e 42% para o açúcar.

“Nós estamos percebendo que a melhoria no preço do açúcar já faz com que haja uma pequena redução na produção de etanol, mas não a ponto de afetar o abastecimento de mercado interno. A pequena redução vai ser compensada pela melhoria do preço do açúcar e dará um equilíbrio melhor. Tanto é que não teremos um excedente grande de produção de etanol nem teremos a condição de preencher todo o vazio que existe do mercado de açúcar do mundo”, explicou Anísio Tormena, presidente da Alcopar – Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná.

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