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Ouro Fino vai competir com a Perrier nos Estados Unidos



Para entrar no mercado norte-americano foi decisiva a certificação obtida junto à National Sanitation Foundation. Seis meses após receber o certificado da National Sanitation Foundation (NSF), em grau de excelência máxima, a Água Mineral Ouro Fino investiu, nos últimos três anos, US$ 1,2 milhão na modernização de equipamentos e iniciou no mês passado, ainda em pequena quantidade, a exportação de sua água mineral, em garrafas de 300 ml, para New Jersey (EUA), por meio da empresa importadora americana All Brazil Co.. Do total de investimento, US$ 300 mil referem-se às pesquisas com a nova embalagem de uma garrafa de 300 ml em forma de gota d´água, semelhante à da Perrier francesa, e US$ 800 mil em equipamentos importados e mudanças na gestão da empresa. A certificação da NSF, instituição ligada à Universidade de Michigan e acatada por 70% dos estados americanos e também pela Food and Drug Administratition (FDA), foi a mesma que, há alguns anos, abriu as portas do mercado dos EUA às águas francesas Perrier e a Evian. A Ouro Fino, a única água mineral do País a receber esse certificado, o que a eleva à categoria de uma das melhores águas do mundo e a única brasileira até o momento a ser licenciada nos rígidos padrões de consumo dos EUA. Embalagem é da ESPM A embalagem, semelhante à garrafinha da Perrier, foi desenvolvida na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, e é fabricada pela Cisper, no Rio de Janeiro. O rótulo é francês e a tampa de alumínio, alemã, é mais avançada que a utilizada pela Perrier: à prova de cortes, permite que os consumidores facilmente identifiquem se o lacre foi rompido antes de ser servida. No mercado americano o preço da água nacional será a metade da água francesa. "A certificação da NSF no seu rótulo", informa o presidente do Conselho de Administração da Ouro Fino, Guto Mocelin, "comprova aos consumidores de todos os países de que há uma rotina de análises químicas e microbiológicas que atende aos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da FDA". Esse reconhecimento mundial permite que a Ouro Fino fique livre das barreiras sanitárias, não sendo necessário submeter o produto a analises químicas e microbiológicas americanas. Todo o processo de análise passará a ser realizado diretamente na fonte da Ouro Fino, situada em uma área de proteção ambiental de mil hectares, em Campo Largo, a 30 quilômetros de Curitiba. Um dos grandes objetivos da Ouro Fino, desde que iniciou há dois anos um processo de reestruturação societária e de gestão, a ser concluída no final do próximo ano, quando deixará de ser uma empresa familiar, é ganhar o mercado internacional, devido à acirrada disputa do mercado interno, onde empresas líderes trabalham com margens média de 20% abaixo do preço de custo. "Garrafas de 1,5 litro que deveriam custar R$ 1,30 ao consumidor são vendidas entre R$ 0,70 a R$ 1,05", afirma Mocelin, que, por essa razão, prevê aumento nos preços nos próximos meses. "Só no mercado paulista há 107 marcas disputando o mercado e, por isso, a Ouro Fino mira o mercado externo, onde o lucro da Nestlé, ano passado, somente no ramo de água, foi da ordem de US$ 600 milhões. "Se vendermos 10% do que as grandes marcas internacionais comercializam no mercado americano daremos um grande passo". Quatro vantagens Mocelin aponta quatro grandes vantagens da Ouro Fino, confirmadas pelas pesquisas da NSF: é considerada "sodium free" (ou seja, diurética e, por isso, saudável para quem tem pressão alta ), é digestiva pelo teor de bicarbonato, possui pouco teor de cálcio ( evita cálculo renal) e tem teor de magnésio acima da média das águas nacionais. Sociedade com Sadia No Brasil, a Ouro Fino, fundada em 1944, atende à cadeia MacDonald’s há cinco anos e, segundo dados do Departamento Nacional de Pesquisas Minerais (DNPM), detém 65% do mercado de água mineral no Paraná e 40% da Região Sul. A reestruturação levou a Ouro Fino a associar-se no ano passado com a Sadia e, com a marca Acqua, entrar no mercado do Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, e iniciar pequenas exportações de sua água para os países do Oriente Médio, onde a marca Sadia já é conhecida e conceituada. Para manter a lucratividade, a empresa realizou um processo de reestruturação e reduziu o número de funcionários de 300 para 250 e, nos próximos meses, enxugará ainda mais o quadro, com a mudança da sua sede de Curitiba para as instalações industriais de Campo Largo. Nem a Sadia e nem a Ouro Fino divulgam os dados referentes aos primeiros contratos externos. No ano passado, a Ouro Fino produziu 150 milhões de litros, meta que deverá ser ligeiramente superada este ano. As suas fontes têm uma vazão de 520 mil litros/hora, o que permite atender a um mercado duas vezes maior. A capacidade produtiva dos novos equipamentos destinados ao mercado externo é de 100 mil garrafas por hora.

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