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Ovinocultura: Criadores buscam alternativa de abate

Qualidade do rebanho mato-grossense tem despertado o interesse de outros Estados


Se organizar para obter mais lucratividade. É dessa forma que os criadores de caprinos e ovinos da região do Vale do Guaporé estão trabalhando para comercializar seus animais. A novidade é que ao invés de venderem para frigoríficos de Mato Grosso, estão repassando sua produção para o centro de confinamento Cabanha Araçá, localizado em São Paulo, no município de Valparaíso (956 km de Cuiabá), onde estão sendo abatidos. Isso porque a qualidade do rebanho ovino mato-grossense tem despertado o interesse de outros Estados brasileiros.


A venda está sendo possível graças a uma parceria do Programa de Desenvolvimento Regional - MT Regional, da Associação dos Criadores de Ovinos do Vale do Guaporé (Acovale) e do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social Vale do Guaporé. O coordenador da cadeia produtiva da Ovino-caprinocultura do MT Regional, Paulo de Tarso, explica que este trabalho é fundamental para o sucesso do negócio, principalmente para os pequenos produtores que, sozinhos não teriam força para a comercialização, nem a quantidade de animais suficientes para atender a demanda dos frigoríficos de Mato Grosso e de outros Estados.

A presidente da Acovale, localizada no município de Pontes e Lacerda, Marlene Vidovix Bragato, explica que o objetivo não é continuar comercializando com outros estados e que isto está acontecendo falta de um frigorífoco na região do Vale do Guaporé. A produtora tem cerca de 1200 cabeças de ovinos em sua propriedade e diz que na comercialização com outros estados perdem muito no frete e pagamento de impostos interestaduais, diminuindo os ganhos. "Estamos organizados, com um projeto da instalação de um frigorífico aprovado e pronto. Está faltando apenas a liberação dos recursos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)".


A Acovale tem cerca de 130 associados, oriundos de 11 municípios, a grande maioria pequeno produtore. Segundo Paulo de Tarso, o trabalho do MT Regional nesses anos tem contribuído para o aumento da produção e comercialização dos ovinos. A atividade teve um crescimento superior a 27%.

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