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Painel inédito debate a rastreabilidade da carne suína no Brasil

As palestras mostraram em detalhes como funcionam os modelos de rastreabilidade e denominação de origem usados na Espanha e França


A rastreabilidade é hoje uma das maiores exigências dos consumidores e mercados mais sofisticados do mundo. Por isso, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) realizou um painel exclusivo e inédito marcando o início da elaboração de um modelo de Rastreabilidade da carne suína produzida no Brasil. O curso “Rastreabilidade em Suínos”, que aconteceu durante a “PorExpo 2010 e V Fórum Internacional de Suinocultura, reuniu especialistas, produtores, executivos e entidades de classe da Europa e das Américas, além de autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasil Foods e das agências AENOR, da Espanha, e IFIP, da França.

As palestras mostraram em detalhes como funcionam os modelos de rastreabilidade e denominação de origem usados na Espanha e França, dois dos mais respeitados países produtores e exportadores de carne suína da União Europeia. Marcos Zevikovas, da Associação Espanhola de Normalização e Certificação (AENOR), instalado há dois no Brasil, abordou “Conceitos e História de Certificação e Rastreabilidade da Espanha”, nação que somente no ano passado exportou mais de um milhão de toneladas de carne suína e possui um dos produtos mais reconhecidos internacionalmente da suinocultura mundial, o Jamóm, o presunto mais caro do planeta e que pode ser elaborado a partir de raças extensivas e industriais.

Já Arnaud Bozec, do Instituto do Suíno da França (IFIP), apresentou os “Princípios e Critérios de Rastreabilidade da Suinocultura da França”, um país reconhecido como terra de um dos selos mais respeitados entre as carnes do mundo, o VPF, a denominação da carne suína francesa, e aonde o produtor cumpre figura vital no trabalho de verificação, valorização e melhoria da carcaça do animal.

Marcio Portocarrero, Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), encerrou as apresentações detalhando os desafios enfrentados pelos produtos agropecuários brasileiros no mercado internacional, ressaltando o reconhecimento que a rastreabilidade adquiriu nos últimos anos. “Além de preço e qualidade, os mercados mais exigentes hoje se preocupam com o meio ambiente, a sustentabilidade e a garantia de origem dos alimentos, o que pode ser demonstrado através de um processo de rastreabilidade e certificação”.

Após as palestras, uma mesa redonda debateu o tema com a participação do diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser; do supervisor da área de suínos da Brasil Foods, a gigante brasileira das carnes suína e de frango, Flagdemir Stalbaum, além dos palestrantes presentes. “Durante o debate foram elaboradas as primeiras diretrizes de um modelo nacional de rastreabilidade, que tem como objetivo principal identificar a origem e as etapas de toda a cadeia de produção, da granja ao ponto final do comércio, passando por abatedouros, processadores, empresas de genética e de alimentação”, explicou Fabiano Coser.

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

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