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Para Cargill, adubo em baixa e volta do crédito favorecem próxima safra

"Alguns dos novos investimentos estão passando por um crivo rigoroso", disse Marcelo Martins, presidente da Cargill


Preços de insumos "mais acessíveis" e melhora na oferta de crédito fazem o presidente da Cargill no Brasil, Marcelo Martins "olhar com otimismo" a próxima safra de grãos do país, que começa a ser plantada em setembro.

"Vejo a queda de preços dos fertilizantes como positiva pois é importante assegurar a rentabilidade dos produtores (...) Acreditamos que a questão de crédito, que em algum momento se somou aos custos com fertilizantes, vai se corrigindo aos poucos", disse na terça-feira, quando participou do Fórum Responsabilidade Produtiva na Cadeia Alimentícia, em São Paulo.

Ele observou ainda que o cenário positivo na safra de grãos 2009/10 dependerá do clima. No ciclo atual, a seca no Sul e as chuvas no Nordeste fizeram a produção de grãos cair para 134 milhões de toneladas, um recuo de 7% na produtividade. No caso da soja, a queda foi de 4,8%, para 57,13 milhões de toneladas.

Martins disse ainda que a crise financeira internacional afetou pouco os negócios da Cargill. Uma das razões é a menor elasticidade no setor de alimentos, onde a empresa atua. Além disso, segundo o executivo, problemas climáticos na Argentina, que reduziram a safra de grãos, e a volta da demanda da China também tiveram efeito positivo para o Brasil. "O nosso faturamento varia bastante com os preços de commodities e o câmbio. Mas em termos de volume e performance de maneira geral, a empresa não está sofrendo uma queda", afirmou o executivo.

Investimentos que já haviam sido aprovados pela matriz americana no Brasil também foram mantidos, de acordo com Marcelo Martins. "Alguns dos novos [investimentos] estão passando por um crivo rigoroso", acrescentou.

A empresa, que teve receita líquida de R$ 16 bilhões no Brasil no último ano fiscal, concluiu investimento em processadora de soja em Primavera do Leste (MT) este ano e tem outros dois em andamento: ampliação da fábrica de processamento de milho em Uberlândia (MG) e da usina de açúcar e álcool Cevasa, em Patrocínio Paulista (SP).(Com Reuters)

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