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Para Itaú, aquisição da Mosaic seria positiva para Vale

A Cargill, principal acionista da Mosaic, também sairia beneficiada com a compra


Portal EXAME - O recente rumor de que a mineradora Vale estuda comprar a Mosaic, segunda maior fabricante de fertilizantes (compostos de fosfato e potássio) dos Estados Unidos, por 25 bilhões de dólares foi considerado positivo e estratégico pela corretora do Itaú, que atua de forma independente do banco. Um dos principais acionistas da Mosaic é a empresa de alimentos Cargill que, na opinião da corretora, também sairia em vantagem com a possível concretização da operação.

Foi com base em três principais aspectos que a corretora do Itaú sustentou sua postura favorável em relação ao negócio. “Como a comercialização de cloreto de potássio constitui um mercado mundial consolidado e com altas margens de lucro, esta seria uma boa oportunidade para a Vale conseguir bom posicionamento nesse mercado bastante concentrado onde somente cinco companhias são responsáveis por 65% da produção mundial”, afirmou a corretora em relatório.

O segundo argumento do relatório ressaltou provavéis ganhos na diversificação geográfica e de produtos decorrentes da suposta transação. “Com isso, a Vale ficaria menos dependente em relação ao minério de ferro e aos metais”.

E por último, segundo relatório do Itaú, a capacidade de utilização das ferrovias poderia ser otimizada, transportando minério de ferro durante a viagem de ida aos portos e voltando com fertilizantes.

A corretora também traçou três vantagens para a Cargill, caso a aquisição se concretize. A primeira hipótese trata-se de uma parceria entre ambas as empresas na coordenação dos produtos. A Vale ficaria focada na área de mineração e a Cargill na parte de comercialização dos fertilizantes. Isso maximizaria o expertise das duas empresas, de acordo com a corretora.

Outro aspecto benéfico para a Cargill estudado no relatório é se a realização da operação fosse feita por meio de troca de ações. Neste caso, a Cargill poderia aceitar um montante de ações preferenciais da Vale como parte do pagamento, isso reduziria o risco de endividamento excessivo da Vale e manteria um bom potencial de alta no futuro para os papéis da Cargill.

Por último, a corretora ressaltou que a compra da Mosaic pela Vale poderia impulsionar o posicionamento de caixa da Cargill, uma vez que seu grande potencial de negócio advém de seus produtos alimentícios.

Às 15h55, os papéis preferenciais da Vale (VALE5, sem direito a voto) se valorizavam 2,07%, para 32,51 reais.

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