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Para o agro não parar a eletricidade não pode faltar

O agro não pode parar, porque a natureza não para.


Foto: Nadia Borges

“Tudo seria fácil, não fossem as dificuldades”, assim escreveu um gaúcho chargista genial que adotou o pseudônimo de Barão de Itararé.

Então, temos a pandemia e agora uma nova crise no radar de 2021, na análise da RC Consultoria, do Paulo Rabello de Castro.

Diz o estudo escrito pelo Dr. em economia e especialista em energia, Manuel Jeremias, em parceria com Marcel Caparoz, mestre em economia pela FGV, que: “temos um elevado risco de novo racionamento energético, e neste momento, só nos resta rezar para que São Pedro corrija anos seguidos de mau planejamento público e de investimentos insuficientes no setor energético”.

O agronegócio, que segura a economia brasileira e o saldo positivo das exportações, é totalmente dependente de energia elétrica. As máquinas agrícolas que viraram robots e os seus sinais, para estarem ligados, dependem da eletricidade.

Os tanques da aquicultura, os galpões de aves, dos ovos, da suinocultura, dependem da eletricidade. A irrigação não funciona sem eletricidade. A luz no campo mantém os silos nas temperaturas adequadas. A atividade leiteira não funcionaria sem a luz elétrica. Da mesma forma toda e qualquer cadeia produtiva do não funciona sem energia elétrica.

O estudo da RC Consultoria mostra que enquanto o consumo de energia sobe, o nível dos reservatórios desce nas diversas regiões do país. Chegamos em dezembro de 2020 com uma média de 16,9% de água nos reservatórios, a menor de um ciclo histórico estudado desde o ano 2000. E aí vem também a ligação das usinas térmicas, e o custo da eletricidade impacta o campo da mesma forma que a cidade. “Nunca enfrentamos situação parecida”, diz o estudo da RC.

O agro não pode parar, porque a natureza não para. Plantar, tratar, cuidar, colher, administrar, armazenar, usar o agro digital, os satélites, os drones, passamos a ser uma grande fazenda elétrica no agronegócio.

Temos um potencial de biogás em cada propriedade rural. Está na hora dos produtores rurais pensarem objetivamente nisso. Um biodigestor, o biogás e um gerador. Os geradores podem ser também movidos a biodiesel. Sem contar com a cogeração do setor sucroenergético. Quem sabe o biogás ou a biogeração com geradores de eletricidade não seria o melhor presente de Natal que você deve dar para a sua fazenda?

Vale pensar e analisar.

Artigo enviado por Por José Luiz Tejon Megido, mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)

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