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Para secretário americano, ainda é possível criar a Alca em 2005


O secretário-assistente para Assuntos Internacionais do Tesouro americano, Randal Quarles, disse que o governo dos Estados Unidos ainda está bastante compromissado em implementar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). "Embora muito trabalho precise ser feito ainda, os EUA permanecem compromisso em cumprir o cronograma original de implementação da Alca, em janeiro de 2005. Há uma responsabilidade enorme para o Brasil e os EUA, como co-presidentes dessas negociações, em implementar a Alca. Apesar de ambiciosa, a data para implementação da Alca é possível de ser cumprida", disse Quarles no seminário "Brasil: da estabilização para o crescimento", promovido ontem pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.

Indagado sobre as discussões relacionadas com os subsídios agrícolas, ponto essencial para o Brasil nas negociações, Quarles disse que tem havido uma análise errada da postura dos EUA em relação à liberalização do setor agrícola - visão baseada na Lei Agrícola (Farm Bill) aprovada no contexto das negociações para obtenção da Autoridade para Promoção Comercial (TPA) a fim de que o governo pudesse perseguir uma agenda mais agressiva. "O resultado foi de elevar as nossas tarifas para o nível máximo permitido pela Organização Mundial de Comércio (OMC)", explicou Quarles. "Tendo o governo obtido a TPA, o sentimento é de que o governo Bush tem sido bastante agressivo no front comercial, o que inclui a nossa proposta bastante agressiva que fizemos no âmbito da OMC para redução dos subsídios agrícolas."

Segundo ele, nas conversações bilaterais com o Brasil, o governo americano tem sido bastante aberto. "Tudo está na mesa de negociação. Não há nada fora da mesa de negociação. É claro que o Brasil é bastante sensível à negociação dos produtos agrícolas. Embora as discussões estejam ainda ocorrendo, e não há nada de concreto em termos de um caminho claro sobre as negociações do setor agrícola, posso dizer que o governo americano está realmente disposto a discutir o que está na mesa de negociação."

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