CI

Paraguai e Uruguai podem ajudar a impedir alta do preço do trigo no BR

Importações brasileiras dos dois países dobraram nos últimos três anos


Importações brasileiras dos dois países dobraram nos últimos três anos

Com a recente alta na cotação do trigo do mercado internacional, os vizinhos Paraguai e Uruguai podem ser alternativas viáveis para conter o avanço do preço de derivados por aqui, especialmente do macarrão e do pão. Nos últimos três anos, o Brasil dobrou a importação de trigo vindo do Paraguai e Uruguai. Ou seja, esses dois países podem ajudar a suprir parte da necessidade do mercado brasileiro por trigo.

A informação é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. Para o secretário, os dois países podem representar uma saída à recente alta do produto, provocada pela seca que atingiu as regiões produtoras de trigo na Europa nas últimas semanas.

De acordo com dados do ministério, em dois anos a importação de trigo do Uruguai cresceu sete vezes, passando de R$ 49,79 milhões (US$ 28,15 mi), em 2007, para R$ 371,13 milhões (US$ 209,80), em 2009. No primeiro semestre de 2010, a compra do grão Uruguai já soma R$ 215,11 (US$ 121,60 mi).

Do Paraguai, o Brasil importou nos primeiros sete meses deste ano R$ 96,65 milhões (US$ 54,64 mi). De 2007 a 2009, a compra do trigo paraguaio aumentou em quase cinco vezes, saltando de R$ 62,28 milhões (US$ 35,21 mi) para R$ 294,80 milhões (US$ 166,65 mi).

Trigo argentino

Segundo o sindicato da indústria do trigo no Rio de Janeiro e Espírito Santo, a tonelada do trigo do principal parceiro comercial do Brasil, a Argentina, passou de R$ 414 (US$ 230) para R$ 594 (US$ 330) de 15 de julho para cá.

- A Argentina é o principal fornecedor do Brasil, mas o preço do trigo evidentemente equivale à cotação internacional, que foi afetado mais recentemente pela seca na Rússia e afeta todos os preços mundiais.

Segundo dados da Abitrigo, o Brasil produz apenas 5 milhões das 11 milhões de toneladas de trigo consumidas por ano. Do total importado, 60% vêm do Mercosul, especialmente da Argentina que, em 2009, respondeu por 6,7 milhões de toneladas.

Este número, no entanto, já foi bem maior. Três anos atrás, os argentinos venderam 15 milhões de toneladas ao Brasil. A queda que se deve às políticas do governo daquele país para o setor que, em nome do abastecimento interno, tributa as exportações do grão em 28% e ainda impõe limites para as vendas externas.

Não apenas Uruguai e Paraguai podem ajudar a frear a alta do preço do grão no Brasil. Segundo Welber Barral, o Brasil tem adotado políticas agrícolas que visam o aumento da produção nacional e a substituição da importação.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.