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Paralisação afeta exportação de grãos no porto de Paranaguá


O mercado suspendeu na sexta-feira os contratos de exportação de soja pelo porto de Paranaguá por conta da situação caótica que se instalou no terminal. Além da fila de 75 quilômetros de caminhões que dá acesso ao porto, a fila de 46 navios que esperam para atracar, Paranaguá teve as operações suspensas por conta de uma paralisação de operadores portuários. "O mercado em Paranaguá está sem liquidez e ninguém vai se arriscar a fechar contratos sem que uma solução seja dada para a crise que se instalou no porto", afirma Odinéia Santos, analista da Safras & Mercado.

A paralisação começou na manhã de sexta-feira com apoio de doze sindicatos e associações, como dos operadores portuários e dos estivadores e armadores, que reivindicam a imediata substituição da atual diretoria do porto. Comerciantes da cidade chegaram a fechar lojas pela manhã em apoio ao movimento, que foi marcado por carreatas e queima de pneus nas ruas de Paranaguá.

"A situação chegou ao limite. O porto perdeu produtividade por conta de decisões como a retirada das horas-extras dos operadores, a perda de até duas horas no processo de amarração dos navios e não há diálogo com a superintendência do porto para resolver esses gargalos", afirma Victor Pinto, presidente do Sindicato das Agências Marítimas do Paraná (Sindapar). O superintendente do porto, Eduardo Requião, acusa os operadores de estarem "boicotando" o terminal, por conta da decisão do governo.

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