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Paraná pede solução definitiva para transgênicos


O Paraná cobrará do governo federal uma postura mais clara sobre a produção de grãos geneticamente modificados no país. "O Brasil precisa definir, através da comunidade científica, do poder público e dos produtores, o que de fato vai fazer em relação ao plantio desses alimentos", diz secretário da agricultura e do abastecimento do estado, Orlando Pessuti, que se reúne hoje em Brasília com os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, junto com os secretários de agricultura dos demais estados.

Segundo Pessuti, 95% da produção da safra de grãos 2002/03 paranaense foi plantada com sementes convencionais. O estado responde hoje por quase 23% da safra brasileira e optou por não plantar sementes modificadas.

"O governo proíbe o plantio, mas depois, por meio de uma medida provisória, admite a comercialização dos transgênicos. Os estados precisam de uma orientação", diz o secretário, que também vai levar à reunião a preocupação em relação à decisão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de colocar as áreas de transgênicos na lista de novas invasões.

Na última sexta-feira, um grupo liderado pelo MST invadiu e incendiou uma área de experimento com milho transgênico da Monsanto em Ponta Grossa, a 100 quilômetros de Curitiba. Apesar de não cultivar alimentos modificados em escala comercial, o Paraná é uma das bases da empresa para pesquisa nessa área. "A questão da reforma agrária tem que ser tratada de forma global. Pelo menos 80 mil famílias de sem-terra estão acampadas na beira de rodovias no Brasil. Assim como os transgênicos, esse tema precisa de uma resolução definitiva", diz.

Na pauta da reunião também está a renovação do convênio para defesa agropecuária no estado, que absorveu investimento de R$ 5 milhões em 2002. "Precisamos de pelo menos o dobro desse valor para esse ano, mas até agora o convênio não foi assinado por falta de recursos."

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