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Paraná quer reconquistar compradores de carnes

O PR quer se reaproximar dos países compradores que mantêm embargos


O Paraná quer se reaproximar dos países compradores da carne produzida no estado e que mantém embargos desde a primeira notícia de casos de febre aftosa em seu território. Em uma ação coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne-PR) e a Sociedade Rural do Paraná (SRP) haverá no dia 12 de dezembro, em Brasília, um seminário que prevê a participação de representantes de dezenas de embaixadas.

O evento será realizado no Hotel Blue Tree Park e discutirá o potencial comercial da indústria da carne após o restabelecimento do status sanitário de área livre de febre aftosa. Feita por meio da vacinação em outubro passado.

"O seminário antecipará aos representantes dos países importadores informações sobre a nova condição sanitária do estado e como foi alcançada. É uma ação que envolve a iniciativa privada, executivo estadual e o Ministério de Relações Exteriores e contribuirá com a retomada desses mercados", diz o presidente da SRP, Alexandre Lopes Kireeff.

De janeiro a setembro deste ano o Paraná exportou apenas 8,5 mil toneladas de carne bovina. Em igual período de 2005 foram 31 mil toneladas. Em 2005, o faturamento chegou a U$ 67 milhões, e neste ano foram de U$ 15 milhões.

"Em 2005 o faturamento representou 2,8% do que o Brasil exportou de carne bovina, e neste ano ficamos apenas em 0,6% do faturamento total. Precisamos reverter a situação e voltar a exportar como antes ou superar esses índices", diz o assessor do Sindicarne, Gustavo Fanaya.

A organização convidou embaixadores dos países compradores de carne do Paraná, senadores, deputados federais integrantes da Comissão de Agricultura e representantes dos Ministérios da Agricultura e das Relações Internacionais.

Em 19 de outubro o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes, anunciou a liberação das áreas com restrições no Paraná. No dia 6 de novembro foi publicada em Diário Oficial a Instrução Normativa 61/06 suspendendo as restrições impostas às sete propriedades decretadas como foco de aftosa.

A exportação de carne suína também sofreu com o embargo. As vendas caíram 77% e o faturamento foi de U$ 145 milhões para U$ 33 milhões. Entre as entidades participantes da ação estão o Governo do Paraná, o Sindicarne-PR e o Escritório Regional de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná. O seminário conta com apoio da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte e do Ministério da Agricultura.

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