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Paranaguá/PR tenta manter embarques

Problemas estruturais nos portos são considerados como um dos principais gargalos do agronegócio


Enquanto o Porto de Santos prevê 5,2% de aumento na movimentação de cargas, incluindo commodities agrícolas, o Porto de Paranaguá vai tentar sustentar os números em 2011. A administração do porto paranaense informa que depende de licenciamento ambiental para as obras portuárias e as dragagens que permitiriam expansão das atividades.

O ano foi movimentado em Paranaguá. Conforme os números oficiais, as exportações de açúcar a granel aumentaram 24,22%, para 3,85 milhões de toneladas, de janeiro até a semana passada. Em relação à soja, houve aumento de 12,28% nas exportações em grão (5,35 milhões de toneladas) e 8,96% nas de farelo (4,98 milhões de toneladas). O Porto de Paranaguá exportou 66,22% mais milho neste ano, atingindo 3 milhões de toneladas até a terceira semana de dezembro. Boa parte do cereal exportado vem do Centro-Oeste.

Entre as obras previstas, a serem incluídas no PAC 2 do governo federal, está a reestruturação do corredor de exportação de granéis. A intenção é fazer com que a capacidade de embarque de soja, farelos, açúcar e milho passe das atuais 9 mil toneladas por hora para até 16 mil t/hora. Os investimentos previstos são de R$ 175 milhões. A administração dos portos programa também a construção de novo corredor de exportações de granéis a oeste, que exige investimento de R$ 185 milhões. Além disso, considera necessários um novo berço e um novo pátio no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). A partir das obras no cais é que deve ser iniciado o aprofundamento do canal de embarque a 14 metros para que navios maiores possam atracar com segurança.

Para ampliar seus embarques – que devem crescer para 47 milhões de toneladas em 2011, considerando açúcar, soja, milho e trigo entre outros granéis –, o Porto de Santos espera investimentos do governo federal que somam R$ 493 milhões. A previsão é que duas obras importantes sejam entregues em 2011: o aprofundamento do canal de navegação para 15 metros, com alargamento para 220 metros, e a conclusão de uma via perimetral à margem direita (lado de Santos). A via à esquerda deve ficar para 2012.

Os problemas estruturais nos dois portos são considerados como um dos principais gargalos do agronegócio. Segundo avaliação da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), os gargalos logísticos tornam os grãos brasileiros menos competitivos no mercado internacional.

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