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Parceria amplia produção de capim-elefante

O capim-elefante é bastante usado na pecuária de leite e se destaca pela grande quantidade de matéria seca


Foto: Divulgação Embrapa


Uma parceria entre a Embrapa e uma rede credenciada de viveiristas amplia a produção da cultivar de capim-elefante BRS Capiaçu no Brasil. Lançada em 2016 a forrageira já está presente em todas as regiões e já atrai olhares de fora do país. Recentemente um produtor de leite da Angola adquiriu mudas.

O capim-elefante é bastante usado na pecuária de leite e se destaca pela grande quantidade de matéria seca, com cerca de 50 toneladas por hectare por ano e é acessível a pequenos produtores. Pode ser fornecida picada verde no cocho ou na forma de silagem. O material se adapta aos diferentes tipos de solo e tolera as variações climáticas, diminuindo os riscos na alimentação do rebanho.

Com a inclusão de mais quatro viveiristas credenciados, a BRS Capiaçu agora passa a contar com fornecedores certificados em toda a região do bioma Mata Atlântica. A Região Nordeste, que não tinha nenhum viveirista, passou a ter e o esforço é para disponibilizar viveiristas em todas as regiões do país. 

Segundo o chefe-adjunto de Transferência e Tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho, há também demanda para que o capim seja introduzido em outros países da América Latina, com negociações avançadas junto à República Dominicana.
“Com o bônus do sucesso, surge também o ônus da pirataria”, preocupa-se Oliveira. Segundo ele, há um comércio de mudas sendo vendidas por pessoas que não têm qualquer registro ou autorização da Embrapa. Ele chama a atenção para o problema: “A Embrapa Gado de Leite não se responsabiliza por mudas de BRS Capiaçu que não foram adquiridas por viveiristas credenciados”, explica.

O produto pode ser adquirido de três formas diferentes: mudas em estacas, germinadas ou micro propagadas (feitas a partir de tecido da planta). Quanto ao preço, isso irá depender do tipo de muda e dos ditames do mercado.

Utilizado para cultivo de capineiras e fornecido como picado verde, o capim apresenta maior valor nutritivo. Cortado aos 50 dias, pode chegar a 10% de proteína bruta. Mas para a produção de silagem é preciso que o material seja cortado com idade entre 90 e 110 dias, quando alcança de 18% a 20% de matéria seca, o que implica redução dos teores de proteína para aproximadamente 6%. A silagem da cultivar BRS Capiaçu apresenta valor nutritivo comparável ao do milho, com menor valor energético. É indicada para vacas secas e animais jovens.

*com informações da Embrapa
 

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