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Parlamento gaúcho instala a CPI das Carnes


Foi instalada ontem na Assembléia Legislativa, a Comissão Parlamentar de Inquérito das Carnes, em Porto Alegre. O presidente da CPI, Jerônimo Goergen (PP), afirmou que o trabalho prosseguirá durante o recesso parlamentar de julho devido à gravidade da crise enfrentada por criadores de gado e de suíno. A CPI investigará a formação de preços e a relação entre produtor, indústria e varejo. O relator será Márcio Biolchi, do PMDB, e o vice-presidente, Elvino Bohn Gass, do PT.

Na quinta, será apresentada uma lista de requerimentos para começar a ouvir empresas, entidades e governos. Os que não responderem à CPI serão intimados, diz Goergen. Dados indicam que, na suinocultura, a diferença entre o preço do quilo da carne pago ao produtor e o cobrado do consumidor ultrapassa 450%. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, José Adão Braun, o prejuízo é de R$ 50 por animal.

Na bovinocultura, um dos pontos a ser apurado é o abate ilegal. A estimativa é que 60% do volume abatido no RS seja irregular, percentual que inclui o abigeato. O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto, cita ainda a guerra fiscal entre estados, que permite ao Centro-Oeste vender carne ao RS a preço menor devido a manobras tributárias. 'A expectativa é que a CPI possa corrigir distorções na cadeia produtiva, dê competitividade ao produtor e aponte políticas públicas de proteção do mercado.' A primeira reunião para ouvir testemunhas ocorre em 4 de agosto. A CPI deve ser concluída em 24 de novembro, sem necessidade de prorrogação, projeta Goergen.

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