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Pecuária pode contribuir no combate às mudanças climáticas

Aponta Carlos Nobre, cientista do IPCC


Em vez de ser a vilã do aquecimento global, a pecuária pode contribuir para o “sequestro e manutenção do estoque de carbono no solo”, combatendo as mudanças climáticas. A tese é do climatologista e doutor em meteorologia pelo MIT, Carlos Nobre, cientista brasileiro membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com ele, isso é possível através da pecuária mais eficiente e produtiva que vem sendo desenvolvida no Brasil e no mundo atualmente, especialmente com a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta). A atividade inclui boas práticas de manejo para um pasto de maior qualidade, que auxiliam na fixação de carbono no solo. 

O especialista sustenta que, contando com a floresta Amazônica, o Brasil pode se tornar o principal “sumidouro de carbono do mundo”. Segundo Nobre, as florestas retiram anualmente cerca de 1 a 1,5 milhão de toneladas de carbono da atmosfera: “Por isso, a estabilidade das florestas é fundamental para o combate às mudanças climáticas”.

Ele vai além e aponta a importância do reflorestamento de áreas agrícolas degradadas, especialmente pastagens. “Temos cerca de 500 mil quilômetros quadrados que poderiam ser regenerados. Com isso, conseguiríamos retirar da atmosfera mais 200 milhões de toneladas de carbono”, conclui.

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