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Pequenas biotecnologia impulsionam o setor no Brasil


O mercado mundial da biotecnologia movimenta US$ 250 bilhões, segundo o assessor do ministério da Ciência e Tecnologia, Jorge Guimarães. Já no Brasil esse valor é de R$ 5 bilhões, impulsionado principalmente pelas pequenas empresas do setor, segundo o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia (Abrabi), João Paes de Carvalho.

"A biotecnologia é uma área de pesquisa e amplia-se a partir de acadêmicos que se dedicam ao desenvolvimento de novos produtos, e que, a partir daí, acabam abrindo a sua própria empresa", diz Guimarães.

É o caso da Alellyx, empresa voltada para o agronegócio, com sede em Campinas (SP), que foi fundada por cinco pesquisadores e iniciou o seu trabalho em março de 2002.

Hoje a empresa possui 50 funcionários e espera contratar até o final do ano mais dez, relata o diretor e pesquisador da empresa, Jesus Aparecido Ferro. "Isso se reflete nas apostas de novas pesquisas, principalmente em relação à laranja, que vem se destacando como fator principal de estudo da empresa", completa Ferro, palestrante do Fórum Bionegócios na América do Sul, evento realizado em São Paulo.

Segundo ele, o objetivo principal da Alellyx é agregar valor aos produtos estudados e criar novas oportunidades para o mercado e para o consumidor.

Alellyx tem como foco principal para o desenvolvimento tecnológico a laranja, a cana-de-açúcar, a uva e o eucalipto. "Para colocarmos a idéia na prática e testar as novas pesquisas precisamos de investimentos que vêm de empresas de capital de risco ou de parcerias com empresas privadas", relata Ferro. No caso da Alellyx, a Votorantim Ventures investiu US$ 11 milhões e a Citrovita outros US$ 8 milhões.

As duas empresas têm expectativa de retorno entre cinco e sete anos. Para dar oportunidade para as novas empresas, o governo quer expandir o mercado de biotecnologia brasileiro. "Para isso, estamos tomando ações governamentais, contribuindo com recursos orçamentários, recursos setoriais e investindo em programas de incentivo à biotecnologia", afirma Guimarães.

Ele ressalta que o mercado espera um crescimento mundial de 7% em biotecnologia.

Para o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), José Fernando Perez, "ampliar este setor tornou-se obrigatório para responder aos desafios e oportunidades de pesquisas, de desenvolvimento científico e tecnológico em muitos setores da economia".

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