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Pequenos produtores do semi-árido baiano exportam para Portugal

O primeiro contêiner com 20 toneladas de abacaxi "extra-doce" segue para Portugal em meados de junho


Abacaxis "extra-doces" cultivados na região do semi-árido baiano estão entrando na pauta de exportações do País. O primeiro contêiner com 20 toneladas do fruto deverá ser embarcado no Porto de Salvador rumo à Portugal em meados de junho, segundo previsões da Coopaita (Cooperativa de Produtores de Abacaxis de Itaberaba).

Os cem associados dessa cooperativa, criada há menos de cinco anos, estão comemorando a primeira encomenda, ocorrida durante evento realizado na Câmara de Comércio Exterior Bahia/Portugal, no mês passado. Mil produtores do abacaxi (conhecido como pérola devido ao seu tamanho, cor e doçura) dessa região serão beneficiados pela conquista desse novo mercado.

Itaperaba possui 70 mil habitantes e situa-se a 270 quilômetros de Salvador, às margens do portal nordeste da Chapada Diamantina. O município já começa a ser chamado como "a cidade do abacaxi" e está se tornando um pólo comercial da região, segundo o presidente da Coopaita.

"Há 30 anos plantávamos somente agricultura de subsistência, como feijão, milho e mandioca. O cultivo de abacaxi sempre existiu, porém, artesanalmente", conta Pedro Paulo Simas Santos, presidente da Coopaita. Nos últimos nove anos, a agricultura familiar desenvolvida na área rural de Itaberaba descobriu sua vocação: produzir abacaxis para o Brasil e o mundo.

A descoberta foi graças ao apoio da Embrapa, da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia, da Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, diz Pedro Paulo.

"Hoje Itaberaba está se tornando a cidade do abacaxi", afirma orgulhoso o presidente da cooperativa. A produção de abacaxi na região atingiu a marca de 50 mil toneladas no ano passado. Os resultados já são visíveis, segundo ele, na melhoria das casas na área rural e nos carros estacionados em suas garagens. "Estamos assistindo ao surgimento da classe média rural em Itaberaba", ressalta. As propriedades possuem, em média, dois hectares. A acidez do solo junto à alta luminosidade do semi-árido e o baixo índice pluviométrico tornam a região perfeita para o cultivo de abacaxi. As informações são da assessoria de imprensa do Sebrae.

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