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Percevejo bronzeado ataca eucaliptos no Paraná

Os pesquisadores da Embrapa Florestas identificaram as árvores como as primeiras atacadas pela praga no Estado


Uma praga está atacando os eucaliptos no Paraná. É o percevejo bronzeado, vindo da Austrália. O inseto, que está sendo estudado pela Embrapa, causa grande prejuízo por onde passa.

Folhas inteiras infestadas. Os pesquisadores da Embrapa Florestas identificaram as árvores como as primeiras atacadas pela praga no Paraná.

Os eucaliptos estão na beira da BR-277, o que da uma dica de como eles chegaram. Os pesquisadores começam a estudar o percevejo bronzeado.

“Por estar na estrada reforça a hipótese colocada pelos colegas de São Paulo, onde o inseto foi diagnosticado no ano passado. Naquele Estado, o principal veículo de dispersão do inseto tem sido o transporte de toras pelas rodovias. A maioria das detecções tem sido na beira de rodovias, em plantios de eucalipto ou árvores de eucalipto na beira de rodovias”, explicou Leonardo Barbosa, agrônomo da Embrapa.

O percevejo, minúsculo, veio da Austrália e está se espalhando rapidamente pelo Brasil. Foi encontrado no Rio Grande do Sul, em São Paulo e agora ataca os eucaliptos do Paraná. O inseto pequenininho pode acabar com as árvores.

“Trata-se de um inseto sugador. Eles raspam as folhas e se alimentam da seiva. A raspagem vai causar, inicialmente, um prateamento das folhas, que vai evoluir para um bronzeamento. Elas secarão e caíram. Então, ele pode causar uma desfolha parcial ou total das árvores. Em casos mais extremos pode levar à morte das plantas”, esclareceu Leonardo.

A folhagem desbotada, com coloração bronzeada, mostra o resultado da ação do percevejo. As folhas também ficam com manchas pretas, como se fossem pingos de óleo. Os pesquisadores ainda não sabem muito sobre a nova praga, mas já perceberam que o percevejo encontrou um ambiente sem inimigos naturais, ideal para se espalhar.

Por enquanto, adesivos amarelos estão sendo usados para tentar capturar o inseto. Galhos infestados são levados para análise em laboratório. O bichinho está na mira dos pesquisadores, que querem acompanhar de perto todas as fases do desenvolvimento. Já descobriram que eles vivem no máximo 35 dias e que colocam dois ovos por dia.

Para combater o percevejo, os pesquisadores testam inseticidas biológicos à base de fungos e também já identificaram, na Austrália, um inimigo natural da praga. É uma vespinha que ataca os ovos e permite o controle do inseto.

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