A crise que atinge os setores de suinocultura e gado de corte do Rio Grande do Sul não deve terminar tão cedo. A avaliação foi feita pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS, Cláudio Dóro. Conforme ele, no setor de gado de corte, os preços estão muito abaixo do custo de produção e, desta forma, há uma diminuição na oferta de animais para abate por parte dos produtores.
“O preço R$ 1,45 ao quilo vivo está desestimulando a produção de gado de corte e os produtores estão passando a se interessar por outras atividades”, avalia. Na área da suinocultura, Dóro acredita que a crise persistirá porque os fatores que contribuem para o aumento dos custos não demonstram nenhuma perspectiva de baixa. “O milho e o farelo de soja deverão manter seus preços em alta, mesmo que diminuam a relação dólares versus reais não será significativo nos custos de produção”, acrescenta.
De acordo com o engenheiro agrônomo, um fator que poderia minimizar os prejuízos no setor de suínos seria a elevação do preço para indústria, mas como o poder de compra do consumidor continua baixo isso poderia acentuar ainda mais a situação. “Para suinocultura a crise deverá prolongar-se durante este ano e parte do ano que vem”, conclui.