Perspectiva de retomada dos dados oficiais impulsiona soja

A soja iniciou a semana em recuperação na Bolsa de Chicago, impulsionada pelo otimismo em torno do possível fim do shutdown nos Estados Unidos, que paralisou parte dos serviços públicos e adiou a divulgação de dados oficiais do governo. A retomada dessas informações é vista como essencial para orientar o mercado, que nas últimas semanas operou com base em especulações e sinais parciais da demanda internacional.

Segundo levantamento da TF Agroeconômica, o contrato de soja para novembro fechou em alta de 1,29%, cotado a US$ 11,16 por bushel. O vencimento de janeiro subiu 1,16%, a US$ 11,30. No segmento de derivados, o farelo de soja para dezembro avançou 0,91%, chegando a US$ 320 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês teve ganho de 1,81%, a US$ 50,58 por libra-peso.

A consultoria explica que o movimento de alta foi favorecido também pela expectativa de uma leve redução na produção da safra americana, que se aproxima do fim da colheita. A menor oferta tende a sustentar os preços nas próximas semanas, especialmente diante do avanço da demanda chinesa. Embora os embarques dos Estados Unidos tenham crescido 10% em relação à semana anterior, o volume acumulado no ano comercial segue 42% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Outro fator de apoio veio da atualização do governo chinês, que elevou em 5 milhões de toneladas sua projeção de compras de soja para o ano comercial 2025/26. Essa sinalização reforça o apetite do maior importador global e ajuda a sustentar o sentimento positivo no mercado futuro.