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Peru promove biológicos e dá “Certificado Verde”

Senasa treinou mais de 10.536 pessoas nos últimos cinco anos


Foto: AgrolinkFito

O Serviço Nacional de Saúde Agrária do Peru (Senasa) lançou uma iniciativa para promover o uso de agentes de controle biológico – os chamados ACB. O objetivo do órgão, vinculado ao Ministério da Agricultura e Irrigação do Peru (Minagri), é tornar o controle de pragas mais sustentável em culturas prioritárias do país tais como videiras, cacau, cana-de-açúcar, abacate, citros, aspargos, café e outras.

O Senasa treinou mais de 10.536 pessoas nos últimos cinco anos promovendo cursos sobre o uso de insetos, ácaros e microorganismos benéficos no controle de pragas agrícolas. Além disso, nesse período, ele promoveu palestras com 79.921 pessoas sobre o uso e os benefícios dos biológicos em diferentes culturas.

Na região de Ica, por exemplo, os agricultores peruanos usam parasitoides, predadores e fungos para controlar a praga de Planococcus citri no cultivo de videiras. Em Cusco, eles enfrentam o Carmenta spp, um inseto voador que perfura o cacau, com a aplicação de fungos benéficos. Os agricultores de Piura e Junín realizam testes com fungos e nematoides benéficos para controlar o caracol gigante africano (Achatina fulica) nas primeiras semanas de vida.

Para incentivar o uso dos biopesticidas a Senasa peruana concede uma certificação de “Fundo Verde” para aqueles que implementam o Controle Biológico, cujas culturas produzem alimentos para consumo nacional livre de agroquímicos. Da mesma forma, certificou 2.098 avaliadores de pragas e controladores biológicos, que nas sessões teórico-práticas reconhecem e avaliam pragas que danificam culturas de importância econômica, aprendem qual agente está presente em seus campos e decidem sobre o manejo de suas pragas de acordo com as avaliação prévia que realizam.

Entre 2015 e 2020, a Senasa atendeu 500.539,87 hectares com diferentes controladores biológicos, por meio do Subdiretório de Controle Biológico, e trabalha para controlar as diferentes pragas em culturas de importância econômica, com o apoio de 60 laboratórios de produção de acordo em nível nacional.

Entre 2019 e 2020, 625 usuários interessados na criação e produção de controladores biológicos foram treinados graças a acordos com empresas privadas e instituições estatais que servem culturas para consumo nacional e de exportação, como milho, batata, arroz, feijão, citros, aspargos, abacate, mirtilo, alcachofra e videira.

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