Pesquisador garante segurança do 2,4-D
"Hoje tem uma infinidade de estudos que concluíram a não carcinogenicidade do 2,4-D"
O pesquisador Robinson Osipe deu uma declaração, durante o XXXI Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas que o 2,4-D é seguro para os aplicadores e livre de volatilidade. Segundo ele, as pessoas estão confundindo o 2,4-D usado atualmente com tecnologias antigas, mas existem estudos comprovando sua segurança.
“Hoje tem uma infinidade, mais de sete mil estudos que concluíram a não carcinogenicidade do 2,4-D, o não impacto no ambiente, nem com o meio aquático. Uma das polêmicas maiores que se tem é que o 2,4-D que hoje está no mercado, que é o 2,4-D Amina, é que ele seria muito volátil, mas pela regra da química e da física, não existe essa volatilidade”, explica.
De acordo com Osipe, esse herbicida foi o primeiro produzido no mundo e ainda assim é muito importante para o manejo integrado de resistência. Ele diz que o defensivo atua muito bem em conjunto com outras moléculas recém descobertas e que, caso aplicado seguindo todas as recomendações, não é passível de deriva.
“Esse produto foi o primeiro herbicida sintético criado pelo homem há mais de setenta anos, o curioso é de que, apesar de ser o produto mais velho, mesmo nos dias de hoje ele é um complemento para as novas moléculas. Tecnicamente, hoje, o 2,4-D, que é o produto mais velho, complementa eficácia para plantas problemas”, comenta.
Um fator que preocupa o pesquisar é um possível banimento do produto. Para ele, é impossível pensar um cenário para a agricultura brasileira sem o uso do 2,4-D. “Todos os países com agricultura forte utilizam o 2,4-D. Caso a gente tivesse uma impossibilidade de usar, o sistema produtivo brasileiro encareceria em milhões”, conclui.