Pesquisadores usam modificação genética para criar tomate rico em vitamina D
Os autores acreditam que quanto mais o tomate fica exposto ao sol no processo de secagem, mais exposição ultravioleta ele terá, aumentando a concentração de vitamina D

Texto: Correspondente Iara Siqueira
A vitamina D é essencial para cálcios e ossos. A ação do sol é a principal fonte desse composto, peixe, fígado de alguns animais e ovos também contém contêm a vitamina. A boa notícia é que a substância (7-DHC) está presente nas folhas do tomate, mesmo as verdes.
A cientista do Instituto Britânico de Pesquisa em horticultura, Cathie Martin, explica que “A provitaminaD3 é sintetizada no tomate como intermediário na produção de colesterol e alcaloides, substâncias contra patógenos”. Os pesquisadores usaram a técnica de modificação genética Crispr para as análises.
As folhas usadas no experimento atingiram uma concentração de 200 microgramas por grama de folha, no tomate, por exemplo, 0,3 microgramas por grama nos verdes e 0,2 no maduro foram encontrados. Sendo assim, um tomate seria o suficiente para obter de 20 a 30% da vitamina D diária.
Os autores acreditam que quanto mais o tomate fica exposto ao sol no processo de secagem, mais exposição ultravioleta ele terá, aumentando a concentração de vitamina D. O professor de genética da Universidade Politécnica de Valência, José Blanca, acredita que a nova tecnologia irá permitir criar tomates mutantes que poderão produzir compostos de vitamina D.