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PIB do agronegócio registra queda de 2,99%

Abordagem difere do PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se concentra exclusivamente na produção agropecuária


Declínio reflete uma mudança no cenário econômico do setor Declínio reflete uma mudança no cenário econômico do setor - Foto: Priscila Oliveira

Segundo informações divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio apresentou uma redução de 2,99% em 2023 em comparação com o ano anterior. Este declínio reflete uma mudança no cenário econômico do setor, com sua participação no PIB total do país diminuindo de 25,2% em 2022 para 23,8% no ano passado. 

Os números divulgados pela CNA e pelo Cepea englobam toda a cadeia produtiva, desde os insumos até os serviços relacionados ao agronegócio. Esta abordagem difere do PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que se concentra exclusivamente na produção agropecuária.

De acordo com os especialistas, o segmento de insumos foi particularmente afetado, registrando uma queda de 23,57% em 2023, influenciado pela diminuição dos preços de fertilizantes, insumos e rações, além de uma menor produção de máquinas agrícolas.

Por sua vez, o setor primário teve uma retração de 1%, enquanto a agroindústria e os agrosserviços apresentaram quedas de 2,05% e 1,31%, respectivamente. Esse contexto foi marcado por uma diminuição nos preços de diversos produtos agropecuários e agroindustriais.

Apesar desses desafios, os resultados não foram ainda mais adversos devido às safras agrícolas recordes e ao aumento da produção nos segmentos primário e agroindustrial na pecuária, impulsionando a demanda por agrosserviços.

Ao analisar separadamente as atividades agrícolas e pecuárias, observou-se uma queda de 3,26% no PIB agrícola em 2023 em relação ao ano anterior. No entanto, o setor primário obteve um resultado positivo, com uma expansão de 5,11%, beneficiado pela produção recorde e pela redução dos custos com insumos. Por outro lado, a pecuária registrou uma queda de 2,3% no PIB, com a produção primária sendo a mais afetada, apresentando uma redução de 10,61%. Mesmo com a redução dos custos e o aumento da produção, a atividade enfrentou dificuldades devido à queda dos preços, especialmente no caso de bovinos, aves de corte e leite.

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