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Planejamento forrageiro eleva produção de leite em 40%

Grande parte desse resultado se deve ao uso de pastagens perenes e precoces


Foto: Adriana Vargas

Dados do Programa Balde Cheio, desenvolvido pela Embrapa, mostram como produtores de leite do Rio Grande do Sul conseguiram aumentar a produção em até 40% por vaca usando o planejamento forrageiro.

A prática exige conhecimento técnico e inclui análise de solo para correção da acidez e adubação e o trabalho de gestão nos vazios forrageiros, que ocorrem no estado nos períodos de transição entre as estações quentes e frias do ano. Basicamente o planejamento inclui pastagens precoces e perenes, que resolvem esses vazios.

Os pesquisadores usaram variedades como  BRS Kurumi, BRS Capiaçu e tíftons (grama perene forrageira), além do capim-sudão BRS Estribo, que apesar de não ser perene, tem possibilidade de semeadura precoce e longo ciclo de produção.

As plantas perenes apresentam muitos benefícios aos sistemas de produção. No começo da estação favorável, elas já estão estabelecidas e com seu sistema radicular desenvolvido. Isso possibilita a rápida produção de forragem e consumo. Além disso, embora tenham um custo inicial de implantação mais alto, nos anos seguintes o custo é muito baixo, já que depende apenas da refertilização. Outra vantagem é que, por conta do sistema radicular mais robusto, elas protegem melhor o solo do pisoteio e, uma vez que são perenes, não apresentam períodos de solo descoberto, como no caso da implantação das anuais.

Para o inverno, os trigos de duplo propósito, como os materiais genéticos da Embrapa BRS Tarumã e BRS Pastoreio, podem ser alternativas para o planejamento forrageiro. Essas variedades forrageiras precoces podem ser plantadas no mês de março, com a opção de estarem disponíveis no mês de abril, e ainda aptas para o pastejo em maio e junho. Na primavera, o que pode ser modificado é o uso de pastagens perenes de verão, porque já estão estabelecidas na área. Em setembro, são mais quentes e com maior período de luz, possibilitando que as pastagens comecem a vegetar. Ao chegar outubro, já estão disponíveis para os animais pastejarem com qualidade e com volume.

*com informações da Embrapa
 

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