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Plano de irrigação será prioridade no RS

Grupo de transição recebe sugestões para projeto de apoio do setor primário


A posse da governadora eleita do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, em janeiro de 2007, deverá trazer à tona um antigo objetivo do setor primário: a implantação de um projeto de irrigação no Estado. O tema faz parte do plano de governo da candidata eleita e foi definido como "a iniciativa estrutural mais importante para a agricultura no momento". A proposta é acumular água na abundância para usar na escassez, discutindo a legislação ambiental, respeitando as limitações financeiras do produtor e aproveitando Parcerias Público Privadas.

O coordenador do Grupo de Políticas Agrícolas da Transição, Rogério Ortiz Porto, informa que o trabalho deve ter início assim que o novo governo for empossado. Apesar da urgência no tema, há prazos e procedimentos legais que devem ser respeitados. Ele admite que há espaço para melhorias no plano de irrigação de Yeda e que as boas sugestões serão bem-vindas. No entanto, alerta que elas devem estar de acordo com a metodologia da transição. "Queremos projetos dinâmicos, que estejam sempre em evolução, independente se estão no papel ou em execução", apontou.

Na semana passada, o deputado Adolfo Brito (PP) entregou à governadora eleita um modelo de plano de irrigação para o RS. O projeto prevê a criação de linhas de financiamento para a implantação de sistemas de abastecimento, compra de máquinas, construção de reservatórios de água, de barragens e açudes, entre outras medidas. O plano foi criado em 2000, ano em que o parlamentar presidiu a Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa. Na época, o projeto foi encaminhado ao presidente Fernando Henrique Cardoso, mas não saiu do papel. Conforme o deputado, a seca trouxe prejuízos equivalentes a R$ 3 bilhões para o Estado, somente em 1999 e 2000. "Tivemos quatro anos de seca. Não podemos permitir que isso se repita sem proteger o produtor", disse.

O programa prevê financiamento de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 500 milhões seriam aplicados nos dois primeiros anos. O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, admite que o plano seria uma garantia para o produtor, mas lembra que a sua execução demanda altos investimentos, o que poderia ser uma dificuldade.

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