Plantas daninhas fazem a diferença entre lavouras no PR
O tempo chuvoso impediu que a maioria dos produtores fizesse o controle das palantas daninhas no período recomendado
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Em um ano de muita chuva e calor na época de desenvolvimento da lavoura, a diferença entre a lavoura de soja transgênica e a de soja convencional acabou ficando muito visível. Na região da Cocamar, enquanto a primeira está sendo colhida no limpo, grande parte das lavouras convencionais está infestada de plantas daninhas, apesar do esforço dos agricultores para controlar o mato.
O tempo chuvoso impediu que a maioria dos produtores fizesse o controle das invasoras no período recomendado, a partir do qual os herbicidas usados na soja convencional perdem muito do seu poder efetivo. Já no caso da soja transgênica, o herbicida permitiu uma margem maior de tempo para controle, eliminando o mato sem grandes dificuldades.
Em uma de suas áreas em Maringá (PR), onde plantou 45 hectares de soja geneticamente modificada, o agricultor Marco Bruschi Neto mostra que a área está limpa. Já na área vizinha, de 18 hectares de soja convencional, o mato tomou conta, e não foi por falta de cuidado. As duas áreas foram dessecadas usando 1,8 litro de glifosato por hectare e plantadas na mesma época.
A soja nasceu no limpo e aos 20 dias após a germinação Bruschi fez a primeira aplicação de 1,8 litro de glifosato por hectare. Na aplicação da segunda dose, que deveria ser feita aos 45 dias, entretanto, houve um pequeno atraso por causa da chuva, mas o controle do mato foi efetivo.
Na lavoura convencional, os problemas começaram já na primeira aplicação, aos 20 dias, onde foi usado 1,2 litro de herbicida para folha larga. A pouca umidade do ar limitou a ação do produto. Mas a situação complicou de vez na segunda aplicação, feita cinco dias após as plantas daninhas atingirem o estágio ideal por causa das chuvas constantes. "Aí ninguém conseguiu controlar mais nada, enquanto que quem usou a transgênica, ficou tranqüilo, tendo maior segurança e um custo menor", conta Bruschi.
Para quem está agora com a lavoura infestada de mato, o produtor diz que a capina é praticamente inviável, devido ao alto custo da mão-de-obra. O correto seria uma dessecação, opina, mas isso aumenta o custo em três sacas de soja por hectare.
Se colher a soja com o mato, entretanto, é pior: as perdas podem ficar entre 5% a 7% da produção, sem contar os descontos por impureza e as perdas já ocorridas com o mato-competição. "Mas o pior de tudo é que a sementeira desse mato vai infestar ainda mais a área, dificultando ainda mais o controle na próxima safra", finaliza Bruschi.