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Plantio de amendoim direto na palha reduz custo de produção em até 20%

Técnica reduz a erosão do solo em 90%


O planejamento direto na palha declarada será eficaz na redução da infestação de pragas e doenças. O planejamento direto na palha declarada será eficaz na redução da infestação de pragas e doenças. - Foto: Canva

Segundo com dados divulgados pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, um estudo de 24 anos prolongado pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA) revelou os amplos benefícios do plantio direto de amendoim na palha da cultura anterior. De acordo com as pesquisas, essa técnica não apenas reduz os custos de produção em até 20%, mas também diminui a degradação do solo em até 90%, além de oferecer uma série de outros benefícios.

O planejamento direto na palha declarada será eficaz na redução da infestação de pragas e doenças, na preservação da matéria orgânica do solo e na melhoria da tolerância à seca e às adversidades climáticas. Essa prática também facilita a obtenção de certificações e a locação de terras.

O pesquisador Denizart Bolonhezi, do IAC, apresentará os resultados e discutirá os benefícios dessa técnica durante o Dia de Campo Plantio de Amendoim na Palha, marcado para o dia 21 de fevereiro em Tambaú, no interior de São Paulo.

Segundo Bolonhezi, a redução nos custos de produção é de 10% a 20%, principalmente devido ao menor consumo de diesel nas operações de plantio. Além disso, o planejamento na palha contribui para a redução da infestação de práticas e doenças, além de diminuir as perdas de solo e conservar sua estrutura.

O pesquisador ressalta que essa técnica não beneficia apenas os produtores em termos econômicos, mas também atende às demandas do mercado, como certificações e adequações às normas ambientais e de governança. O plantio direto na palha também ajuda a reduzir a aflatoxina, uma substância prejudicial presente no amendoim que afeta as exportações.

Com o aumento da adoção do plantio direto em outras culturas, como soja e milho, Bolonhezi enfatiza a importância de incluir o amendoim nesses novos arranjos produtivos. As recomendações baseiam-se em décadas de pesquisa realizada pelo IAC, incluindo um projeto financiado pelo CNPQ e pela Fundação Agrisus entre 2014 e 2019, que foi realizado na realização de experimentos e dias de campo para transferência de tecnologia.

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